Adam Smith: Biografia do pai da Economia Moderna
A história da Economia está cheia de grandes nomes, pensadores e teóricos, mas poucos têm a importância e o destaque de Adam Smith. Afinal de contas, o escocês é considerado o pai da Economia Moderna e é um dos principais nomes do Iluminismo anglo-saxónico, tendo abordado questões fracturantes e fundamentais para o florescer da sociedade como a conhecemos hoje como é o caso do crescimento económico, a educação, a ética ou a divisão do trabalho.
Adam Smith foi, portanto, um homem muito à frente do seu tempo e a sua obra continua a ser estudada nos dias de hoje, por se manter extremamente actual. Costuma-se dizer que a importância se um homem mede-se pelo legado que deixa à Humanidade e, se for esse o caso, então Adam Smith é, sem dúvida, um dos mais importantes economistas de todo o sempre.
Vida e obra de Adam Smith
Adam Smith é natural da pequena cidade escocesa de Kirkcaldy, onde nasceu no século XVIII, mais propriamente no ano de 1723. Filho de um pai advogado, que perdeu ainda criança, Smith teve uma educação abastada, tendo estudado Filosofia, mais propriamente retórica e lógica. Foi na Universidade de Glasgow, onde estudou e onde se tornaria reitor, que Adam Smith viria a conhecer o seu amigo David Hume, um dos nomes mais importantes da Filosofia moderna e uma grande influência no desenvolvimento do seu pensamento.
Contudo, foi a fábrica de alfinetes que existia na sua Kirkcaldy natal que viria a moldar as bases do seu pensamento teórico, tendo lançado os pilares da teoria económica moderna. Foi esse contacto directo com as novas formas de produção, nos alvores da Revolução Industrial, que fez Adam Smith teorizar pela primeira vez sobre temas como a livre concorrência, o crescimento económico e, claro, a sua relação para com a evolução social.
Da sua vasta obra, destaque para o livro “Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações”, conhecido comummente como “Riqueza das nações”. É nesse trabalho, que demorou mais de trinta anos a elaborar, entre pesquisa e escrita, que Adam Smith aborda as grandes mudanças do sistema económico, que começa então a abraçar o capitalismo, apontando os novos caminhos que a Revolução Inglesa permitira nas décadas seguintes.
Para Adam Smith, a Economia era movida pelo interesse privado do Homem, inerente à sua própria condição. Ou seja, qualquer trabalhador não vai para o emprego todas as manhãs porque ama o que faz ou por razões altruístas, mas apenas porque necessita daquele trabalho para sobreviver. Contudo, esse gesto é necessário para o florescer e bem-estar geral da sociedade e da comunidade onde se insere, pois, o seu esforço beneficia as pessoas que dependem dele.
Adam Smith: Filosofia de Investimento
Adam Smith antecipa o capitalismo e o liberalismo económico ainda antes de eles existirem ou de terem, pelo menos, esse nome. Fá-lo ao identificar, de forma muito perspicaz, os meios de produção e os seus sistemas sociais de estrutura sistémica, cunhando termos que hoje se mantém actuais na Economia moderna.
É o caso da metáfora da mão invisível, o mote do liberalismo económico que faz girar grande parte das principais economias mundiais e, em particular, o mundo ocidental. Adam Smith defendia ser a “mão invisível” que fazia o Homem preferir consumir produtos da indústria nacional em detrimento da indústria estrangeira, fomentando uma actividade que não entrava nos seus propósitos com o único objectivo de procurar cimentar a sua própria segurança.
A teoria económica e filosofia de investimento de Adam Smith foi também muito importante no estabelecimento dos princípios gerais do capitalismo. Ele defendia que o trabalho deveria ser realizado por etapas, para que cada indivíduo fosse aperfeiçoando a sua tarefa, aumentado a eficiência da sua produção e, consequentemente, de todo o aparelho produtivo. Ou seja, seria apostar na gestão a uma micro-escala para colher benefícios a uma macro-escala.
Citações
“A verdadeira tragédia dos pobres é a pobreza das suas aspirações”.
“Nenhuma sociedade pode realmente prosperar e ser feliz se a grande maioria dos seus pares for pobre e miserável”.
O Homem é o único animal que que negoceia: nenhum outro animal o faz. Nenhum cão troca os seus ossos por outros”.
“Todo o dinheiro é uma questão de crença”.
“No caminho para a Cidade do Cepticismo tive que passar pelo Vale da Ambiguidade”.
Livros
As suas principias obras publicadas são:
- Teoria dos Sentimentos Morais (1759)
- Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações (1776)
- Ensaio sobre Temas Filosóficos (1795).
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