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Como foi o ano 2020 para as empresas

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O ano 2020 para as empresas foi um ano difícil. O choque económico associado à pandemia da COVID-19 tem condicionado fortemente a capacidade de geração de resultados das empresas portuguesas e até mesmo levado ao desaparecimento de inúmeros negócios e ao consequente aumento da taxa de desemprego. Lojas fechadas, limitações à circulação de pessoas e clientes ‘presos’ em casa, empresas do mundo inteiro não resistiram aos efeitos da pandemia. Além de mortos e feridos, o coronavírus ameaça deixar um rasto de “falidos”.

Impacto muito negativo

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Banco de Portugal (BdP), baseado num questionário de resposta rápida efetuado através de um inquérito – «Inquérito Rápido e Excecional às Empresas – COVID-19» – a cerca de 6 mil empresas, realizado em novembro de 2020 com o objetivo de identificar alguns dos principais efeitos da pandemia COVID-19 na atividade das empresas, a maioria das empresas referiu um impacto negativo na evolução presente do volume de negócios resultante da variação das encomendas/clientes e das novas medidas de contenção.

Para 59% das empresas que responderam ao inquérito, a diminuição nas encomendas/clientes teve e continua a ter um impacto muito negativo na evolução presente do volume de negócios.

Estas percentagens sobem para 84% e 82%, respetivamente, entre as empresas do setor do alojamento e restauração, um dos mais afetados pela atual situação e em que pelo menos 50% das empresas beneficiaram de alguma medida apresentada pelo Governo no período em que se realizou o inquérito.

Relativamente à capacidade de continuarem a assegurar os postos de trabalho que tinham antes da pandemia, 85% das empresas afirmaram que a sua intenção seria a de manter os postos de trabalho até ao final de 2020, enquanto 10% das empresas tinham, já, planos para a sua redução. Nos primeiros meses de 2021, essa percentagem baixou já para 74% das empresas que planeiam manter os postos de trabalho e muitas foram mesmo aquelas que não conseguiram resistir.

Empresas adaptam-se para sobreviver

Aos poucos, o país foi-se adaptando como pôde a este novo paradigma com novos comportamentos, restrições e necessárias alterações. Também em termos empresariais, foram muitas as empresas que tiveram de repensar o seu posicionamento e optar entre estagnar ou adaptar. Por esse mundo fora, e Portugal não foi exceção, várias empresas mudaram a produção para ajudar os profissionais de saúde. Outras, como forma de sobrevivência.

Ainda segundo o mesmo inquérito, e relativamente a alterações permanentes na forma de trabalhar motivadas pela pandemia, “59% das empresas consideraram que uma das grandes mudanças se iria prender com a redução do número de viagens de negócios e 31% com o uso mais intensivo do teletrabalho”.

Mas outras há que foram um pouco mais drásticas nesta sua adaptação às novas circunstâncias, sobretudo empresas do setor têxtil, sendo inúmeros os exemplos de unidades fabris, pequenas ou grandes, que, um pouco por todo o país, mudaram o seu core, para passarem a fazer zaragatoas, máscaras ou outros equipamentos de segurança. Os supermercados e restaurantes, por exemplo, rapidamente passaram a incluir o serviço de take-away ou de entregas ao domicílio, mesmo aqueles que nunca antes tiveram estas opções.

As imobiliárias passaram a realizar as suas visitas aos imóveis de forma completamente virtual e os bancos viram na pandemia um forte empurrão para melhorarem a sua presença online e implementar o teletrabalho e até o ensino teve de se adaptar às novas regras e as rádios foram obrigadas a adaptarem-se a novas rotinas dos ouvintes, apesar de, ainda assim, as audiências terem recuado para níveis de 2018.

Houve, também, alguns (raros) casos de sucesso, que encontraram nas circunstâncias ‘especiais’ que atravessamos, terreno fértil para as suas atividades e produtos.

As lojas de produtos para casa, em particular os artigos de bricolage, os serviços de vendas online e informáticos, de um modo geral, os equipamentos de ginástica ou para treinar em casa e até as bicicletas, sofreram, neste período, um incremento longe do que seria expectável.

E para 2021?

‘Voltar ao normal’ parece um cenário cada vez menos provável e o slogan do ‘novo normal’ parece esgotar-se na perceção de que nada voltará a ser como dantes. O período parece ser mais de aceitação de que há mudanças que é preciso operar, quer nos comportamentos individuais, quer na forma de nos relacionarmos uns com os outros, quer na certeza de que a nossa vida em comunidade, seja no seio das nossas famílias, seja em contexto laboral ou social, tem de ser muito mais consensual, equilibrada e respeitadora.

Aos empresários é ‘exigido’ algum positivismo, sendo que 34% considera que num prazo de 8, 9 meses a sua atividade irá retomar para valores pré-pandemia, enquanto que 90% das empresas manifestam um grau de preocupação elevado ou moderado face a um agravamento ou prolongamento das medidas de contenção da pandemia a implementar pelo Governo.

Ainda assim, “84% das empresas não preveem o encerramento num cenário de agravamento das medidas de contenção da pandemia e de ausência de medidas adicionais de apoio. Em oposição, 16% das empresas estimam conseguir subsistir, em média, apenas cerca de 7 meses num tal cenário”, pode ler-se no relatório.

Pelo menos 40% das empresas consideram muito importante uma extensão das medidas de apoio do Governo face a um cenário de agravamento das medidas de contenção, valor que sobe para 90% e 79% das empresas que consideram muito importante o alargamento ou reposição do lay-off simplificado e a suspensão de obrigações fiscais e contributivas.

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