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As baixas taxas de juro e a pouca atratividade dos depósitos a prazo têm afastado os portugueses deste tipo de produto financeiro. Numa altura em que se poupa como nunca, que instrumentos e que alternativas existem, então, para quem quer uma conta poupança com uma remuneração minimamente aceitável?

Os depósitos além-fronteiras serão uma possibilidade? Explicamos tudo nas linhas que se seguem.

Em Portugal, o montante em depósitos atingiu em dezembro de 2020 o valor recorde de 161,9 mil milhões de euros, o valor mais elevado desde o segundo trimestre de 2013.

Esta tendência parece ter sido impulsionada pela pandemia, que abriu os olhos das famílias para a necessidade de constituírem um fundo de emergência.

No entanto, ao contrário daquilo que era normal acontecer, os depósitos a prazo não estão a ser o instrumento preferido para esta finalidade. As famílias têm optado por deixar o seu dinheiro estagnado em contas à ordem. 

Ter o dinheiro no banco já não rende?

A remuneração de um depósito a prazo – juros – depende de vários fatores, desde a própria taxa de juro aplicada pela instituição de crédito, ao montante aplicado, do prazo do depósito e da taxa de imposto que incide sobre os juros pagos pela instituição.

Feitas as contas, neste momento, ter o dinheiro depositado numa poupança não rende praticamente nada!

Com taxas, de um modo geral, abaixo de 1% e se consideramos um depósito de 1.000€ a 1 ano, estaremos a falar de remunerações mensais na casa dos 80 cêntimos, o que é manifestamente pouco.

A verdade é que esta é a realidade mais comum em Portugal, se não considerarmos um outro banco que paga taxas de juro mais consideráveis em situações muito específicas, como é o caso do Banco Best que, para atrair novos clientes, aplica uma taxa anual de 2% numa aplicação de 3 meses ou do Bankinter que, através da sua conta ordenado, remunera a 5% no primeiro ano e a 2% no segundo ano nos saldos até 5 mil euros.

Alargar o leque de opções

Ainda assim, e mesmo quando a TANB (Taxa Anual Nominal Bruta) em situações esporádicas, como já vimos, supera os 1%, num contexto de juros zero por parte do Banco Central Europeu, uma conta a prazo acaba sempre por obter algum rendimento extra em comparação com uma conta à ordem, pelo que para efeitos de poupança esta acaba sempre por ser uma solução mais adequada.

E é nesta lógica, de que mais vale poupar algum do que nenhum, que deve considerar alargar o leque de opções e aproveitar este mundo global em que vivemos, sobretudo neste contexto em que nos inserimos de uma Europa sem fronteiras e de mercado livre.

Atualmente, não há qualquer limitação na abertura de conta de depósito noutros estados-membros da União Europeia e graças à mobilidade e comodidade que a Internet representa hoje em dia, está tudo à distância de um clique.

Se comparar, percebe…

Muito embora a realidade por essa Europa fora em termos de taxas de juro seja muito semelhante à nossa, como sempre, cá, consegue ser um bocadinho pior, havendo apenas dois países da zona euro cujos bancos remuneram menos que os portugueses: trata-se da Irlanda e do Luxemburgo.

Para percebermos melhor, segundo um levantamento realizado pelo jornal online ECO, que analisou a oferta em termos de contas a prazo de 18 bancos a operar no nosso país, tendo identificado a melhor opção oferecida por cada um deles, para depósitos a prazo de valor até um máximo de 5.000 euros, constatamos que as taxas de juro praticadas pelos três primeiros lugares do pódio não ultrapassam os 1%. 

Aliás, apenas o primeiro lugar do pódio, ocupado pelo Banco Invest, através do seu produto Invest Choice Novos Montantes, oferece esta remuneração. Os segundo e terceiro lugar, pertencem, respetivamente, ao BNI Europa, com o Depósito 366 Dias e o EuroBic, com o EuroBic | Depósito Plus, fixando a sua taxa de retorno nos 0,6%.

Numa comparação direta e imediata com entidades bancárias estrangeiras com oferta disponível destinada ao público português, começamos por verificar que, uma vez mais, estamos em desvantagem em relação a outros países: numa lista com um potencial enorme, como é o caso da disponibilizada pela Raisin, que só para o mercado alemão apresenta mais de 80 bancos, este operador financeiro que gere depósitos a prazo a nível europeu, apenas disponibiliza aos clientes portugueses o acesso a quatro instituições financeiras: o Euram Bank, da Áustria, o Alior Bank, da Polónia, e o J&T Banka, da República Checa. Muito embora estes dois últimos não façam parte da Zona Euro, estes bancos eliminam o risco cambial dos depositantes portugueses ao propor depósitos em euros. Isto porque, a comparação de remunerações oferecidas em aplicações em diferentes moedas só faz sentido se estas remunerações estiverem expressas numa moeda comum.

Nesta lista reduzida, a oferta que se destaca em termos de taxas remuneratórias é, sem dúvida, a do J&T Banka, à exceção dos depósitos a 6 meses, onde o Euram Bank oferece uma taxa de 0,30%. 

Nos restantes prazos, o banco checo cilindra a concorrência:

Banco Prazo TANB

  • J&T Banka 1 ano 0,60%
  • J&T Banka 2 anos 1,20%
  • J&T Banka 3 anos 1,30%
  • J&T Banka 4 anos 1,35%

Como é óbvio, este valor pode aumentar se, entretanto, os bancos portugueses também começarem a pagar mais, pois apesar das taxas de juro serem fixas até ao final do ano, a qualquer momento os bancos podem rever a remuneração dos novos depósitos.

Fácil e com toda a segurança

Deve estar a perguntar-se se será seguro e se compensa o trabalho de ter de ler toda a informação em inglês e de relocalizar o seu dinheiro para uma instituição estrangeira que desconhece por uma diferença de 0,35 pontos percentuais.

Já aqui foi dito, mais do que uma vez, que a perspetiva de uma poupança é criar hábitos e de ser sempre preferível ganhar (mais) algum do que nenhum. 

Deste ponto de vista, aquilo que é exigido para abrir uma conta no estrangeiro acaba sempre por compensar.  E, se o entrave for a questão da segurança, neste caso convém ter presente que, tal como os depósitos bancários constituídos em Portugal, em cada país da União Europeia, há uma entidade que protege os depósitos locais até 100 mil euros por depositante, caso a instituição não tenha capacidade de devolver o dinheiro aos clientes, é ativado um Fundo de Garantia de Depósitos para reembolsar os saldos até 100 mil euros por depositante em cada banco.

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