Como interpretar o rácio de Sortino?
O rácio de Sortino foi criado em 1986 por Brian Rom, o fundador da Investment Technologies, juntamente com Frank A. Sortino, diretor do Pension Research Institute em São Francisco. Mostra o excesso de desempenho acima de um determinado objetivo por unidade de risco em baixa.
Rácio de Sortino
O rácio de Sortino, pode parecer semelhante ao rácio de Sharpe, mas não é assim. Ambos os rácios servem para medir a rendibilidade esperada de um fundo de investimento, calculada sobre a rendibilidade esperada de um ativo sem risco. No entanto, para calcular o rácio de Sharpe, utiliza-se o desvio-padrão, enquanto para calcular o rácio de Sortino utiliza-se uma medida de dispersão dos rendimentos negativos.
Fórmula
Rp = rendibilidade média da carteira
Ref = rendibilidade média de uma carteira de ativos sem risco
DR = desvio padrão dos retornos negativos (downside risk)
T = Objetivo de rendibilidade anual.
r = A variável aleatória que representa o retorno para a distribuição de retorno anual f (r).
f(r) = Distribuição dos rendimentos anuais.
Quanto maior for o valor do rácio, melhor será a estratégia em termos do risco assumido.
A fórmula do rácio Sortino é semelhante à do rácio Sharpe. No seu cálculo considera o excesso do retorno esperado (Rp – Rf) sobre o ativo sem risco; contudo, a medida de volatilidade utilizada para corrigir o rácio de risco nada tem a ver com o desvio padrão tradicional (Sp), utilizando em vez disso uma medida da dispersão de retornos negativos (Downside risk) (Dr).
Este indicador foi desenvolvido para diferenciar entre entre a volatilidade positiva e a volatilidade negativa, algo que o rácio de Sharpe não faz. Assim, se durante o período um investimento financeiro tivesse um comportamento extraordinariamente ascendente, a maior volatilidade ou desvio padrão que mostrou devido a esta causa, não seria considerada na parte da análise de rentabilidade que considera o risco, medido como a probabilidade de perdas. Os investidores, de acordo com Sortino, não têm medo das flutuações do seu próprio investimento, mas sentem pressão apenas num ambiente de resultados que não atingem o que consideram ser um mínimo aceitável (em muitos casos, o ativo sem risco).
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