As Fintech nas bocas do mundo
Carla Maia Santos
Senior Account Manager XTB PT
Abrindo uma página na Internet ou falando com um amigo, é certo que o tema fintech vem à baila. Mas afinal o que são as fintech?
São empresas que associam a tecnologia à área financeira. Com os bancos tradicionais a aumentarem cada vez mais as suas comissões, as fintech passam a ser cada vez mais procuradas. Tentam responder de forma mais rápida, mais fácil e mais barata à necessidade dos clientes. A Ernest & Young criou o EY’s Fintech Adoption Index em 2015 e na altura um em cada sete consumidores digitalmente ativos utilizavam uma fintech, em 2017 esse número passou de um em cada três, mostrando o “consumo” massivo das novas empresas tecnológicas. As fintechs estão muito associadas às “startups” – empresas emergentes – e utilizam inteligência artificial, robótica, facilitam a partilha de informação, numa vontade de inovar.
Cada empresa especializa-se num nicho de mercado, ao contrário dos bancos, que oferecem todos os produtos sem conseguirem oferecer a mesma qualidade de serviço e de apoio. Deixou de haver a necessidade de ir ao banco para abrir uma conta, para pedir crédito, para comprar ações, para fazer uma transferência, para pedir um cartão de crédito. Todas estas operações ficam à distância de um clique e claro muito mais baratas.
As fintech focam-se na tecnologia e o principal canal de comunicação com o cliente é o digital, especializam-se em poucos produtos, criando novas soluções menos burocráticas, evitando a necessidade de entregar documentos em papel ou ficar em filas à espera para ser atendido, podendo assinar a documentação digitalmente sem ter que sair de casa.
A fintechs podem colocar assim em risco o negócio dos grandes bancos, que ou se adaptam ou podem ficar obsoletos.
Segundo a Goldman Sachs 33 por cento dos millennials – nascidos entre 1980 e 2000, e considerados a primeira geração de nativos digitais – até 2020 não precisarão de ter uma conta num banco.
Para os Bancos a inovação no site ou nos aplicativos é visto como uma fonte de custos e não como uma forma de oferecer um melhor produto.
E quem fala de fintechs tem que passar pelas criptomoedas como a bitcoin, ou seja, moedas digitais. E a questão continua a colocar-se, se as criptomoedas vão substituir o dinheiro como o conhecemos!? A verdade é que há uns anos era impensável andar sem notas na carteira e hoje em dia, cada vez menos são as pessoas que pagam em cash, utilizando o cartão ou passando o telemóvel pelo TPA.
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