ETF de acumulação ou ETF de distribuição | qual a diferença?
O mundo dos fundos de investimento e, em particular, dos ETF tem atraído cada vez mais investidores que procuram formas de rentabilizar o seu capital de forma simples, económica e diversificada.
No entanto, muitas vezes estes investidores são confrontados com uma decisão relevante: o que é melhor? Acumulação ou Distribuiçao? Neste artigo vamos abordar esta temática e fornecer informações que possam ajudar à tomada de decisão.
O que é um ETF?
Antes de abordarmos os tópicos de acumulação e distribuição, é importante darmos um passo atrás e explicarmos o que é um ETF.
A sigla ETF significa “Exchange-Traded Fund” ou, traduzindo para português, fundo de investimento transacionado em bolsa.
Um fundo de investimento é um cabaz, ou conjunto, de produtos que podem ser ações, obrigações, metais preciosos ou outros, o que irá ajudar a diversificar os seus investimentos sem ter de comprar vários produtos diferente. A vantagem do fundo de investimento é que lhe permite comprar, num produto só, centenas ou até milhares de diferentes ativos.
A diferença de um ETF para um fundo de investimento tradicional como, por exemplo, os comercializados pelos bancos, está na forma como ele é comprado e vendido. Tal como indicado atrás, os ETF são transacionados em bolsa, o que significa que irá necessitar de uma corretora para os conseguir comprar e vender, enquanto que o fundo de investimento tradicional será comprado e vendido diretamente à entidade que o gere como, por exemplo, um banco.
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O que são ETF de acumulação?
Começando pelos produtos de acumulação, estes são aqueles que utilizam o famoso efeito do juro composto, na íntegra, a seu favor e isto significa que os juros ou dividendos que são gerados pelos ativos do fundo são automaticamente reinvestidos no mesmo, aumentando assim o seu património e o seu investimento, sem necessitar de colocar dinheiro seu. À medida que o tempo vai passando, este efeito vai sendo cada vez maior, aumentando cada vez mais o seu património.
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O que são ETF de distibuição?
Por outro lado, os produtos de distribuição são aqueles que em vez de reivestirem os juros ou dividendos, optam por lhe pagar diretamente este valor, fazendo assim com que tenha um rendimento real, e regular, do seu investimento, não tendo de esperar por um momento de venda futuro para conseguir calcular, realmente, qual foi a rentabilidade do investimento.
Como saber qual é qual?
Para saber qual dos dois tipos é o ETF que está a analisar, deve consultar as informações do mesmo e lá estará mencionado se é acumulativo ou distributivo. Habitualmente, também pode verificar no próprio nome do produto. Se mencionar “ACC” é acumulativo e se, por outro lado, mencionar “DIS” ou “DIST” é distributivo.
O que é melhor? ETF de acumulação ou distribuição?
A pergunta que surge é então: qual dos dois é melhor? A resposta, como tantas outras neste mundo das finanças pessoais, é que depende essencialmente da sua estratégia, já que ambos os cenários apresentavam vantagens e desvantagens que podem ser resumidas da seguinte forma:
ETF de Acumulação
Vantagens
- ✅ Acelera o crescimento do património, beneficiando do efeito composto
- ✅Pagará IRS apenas no momento da venda e cálculo de mais valias
Desvantagens
- ❌ A sua rentabilidade não é real até ao momento de venda
- ❌ O IRS a pagar no final será maior, fruto de maiores mais valias
ETF Distribuição
Vantagens
- ✅ Garantem-lhe um rendimento real e regular do seu investimento
- ✅ Poderá, eventualmente, nunca ter de vender o seu investimento
Desvantagens
- ❌Sempre que recebe rendimento, terá de pagar impostos
- ❌O valor acumulado a longo prazo será, tendencialmente, mais baixo
Como vê, ambos os cenários fazem sentido, dependendo de muitos fatores.
É verdade que nada o proíbe de ter uns produtos em acumulação e outros em distribuição simultaneamente, mas a verdade é que é raro encontrar casos assim, e a maioria dos investidores foca-se numa ou noutra estratégia.
Pode também considerar a estratégia de optar por acumulação ao início do seu caminho de investidor, fazendo assim o seu património crescer mais rápido e a partir de uma certa idade , ou capital acumulado, mudar para produtos de distribuição e começar assim a receber o famoso “rendimento passivo” que tanto se fala.
No final de contas, o que deve sempre garantir é que sabe exatamente onde está a colocar o seu dinheiro e que está confortável com isso. Seja qual for a estratégia que escolha, uma coisa é certa: o resultado final será sempre melhor do que se não fizer nada com o seu dinheiro.