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Quais são os critérios importantes para analisar um ETF?

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1. Que tipos de métodos de réplica existem e quais são os mais adequados em função do índice representado?

Nos ETF existem duas opções, a réplica sintética e a física. Enquanto que a réplica física consiste em comprar os componentes do índice que se quer replicar, a sintética replica o índice através de um derivado, que tipicamente é um Total Return Swap.

Em relação à réplica física, podemos encontrar duas variantes principais: comprar todos os componentes do índice (réplica completa) ou comprar apenas uma parte, um segmento optimizado de valores cuja correlação com o índice principal seja a mais alta possível. Por outras palavras, trata-se de comprar a amostra mais representativa possível do índice sem ter que comprar todos os seus componentes.

Sobre a questão de qual dos métodos é o mais apropriado, a réplica sintética destina-se, sobretudo, a fundos diversificados de matérias-primas, porque muitas das componentes destes índices são praticamente impossíveis de comprar e guardar de forma física. No mesmo sentido, este tipo de réplica é também é adequada para activos que apresentem restrições de liquidez, com limitações legais ou regulatórias, etc. Por sua vez, a réplica física é adequada para a maioria dos índices disponíveis no mercado e que sejam compostos por instrumentos cujo valor se possa calcular de forma contínua e instantânea no mercado. Como exemplo teríamos a maioria dos índices de ações e obrigações, tal como o MSCI Emerging Markets.

No entanto, convém recordar que os ETF não consistem únicamente em replicar um índice de capitalização de mercado. São muito mais que isso, já que tratam de aplicar um método de gestão sistemático e com base matemática, no qual as decisões de investimento tomam-se em função dos parâmetros estabelecidos, como são exemplo os ETF de smart beta.

2. Quais são os critérios importantes para analisar um ETF?

Sem dúvida que o critério principal é o tracking error. Existem outros, tais como o tamanho do fundo e o valor negociado em bolsa, que também são relevantes, mas em menor medida. Outro aspecto importante é o bid-ask spread, isto é, a diferença entre o preço de compra e de venda observável no mercado. Quanto mais reduzido seja esse diferencial, menor será o custo que o investidor tenha que suportar quando transaciona o ETF.

3. O que é  tracking error? O que é o PER? Qual dos parâmetros é mais relevante?

O tracking error resulta da diferença entre a rentabilidade do índice de referência (ou benchmark) e a rentabilidade liquida (ou depois de comissões) do fundo. Assim, quanto menor seja esta diferença melhor será a qualidade da réplica e por consequência melhor será o resultado final obtido pelo cliente. Este é o factor mais importante porque a rentabilidade liquida do fundo é afectada por diversos elementos, tais como: o total expense ratio (TER) ou comissão de gestão (no caso dos ETF estes dois conceitos são sinónimos, o que não acontece nos fundos de gestão activa); ganhos adicionais gerados pela optimização da gestão da carteira, que inclui o empréstimo de valores ou a optimização fiscal em função do domicilio do ETF, etc.

Como indicámos, o TER compreende todas as comissões que a gestora cobra por gerir o ETF. Apesar de que se discute muito sobre o tema dos custos em geral, e portanto do TER, pensamos que é mais importante focar a análise no tracking error, dado que este engloba todos os diferentes custos e benefícios que refletem directamente na rentabilidade liquida do fundo.

4. O que é mais importante para escolher adequadamente o índice e o ETF?

Eleger o instrumento mais adequado (por exemplo, o ETF com o tracking error e/ou tracking difference mais baixo) para um índice em concreto pode dar lugar a diferenças na rentabilidade anual total liquida de entre 15 a 20 pontos básicos (0,15% a 0,20%), para fundos referentes a mercados desenvolvidos e líquidos. Isto pode atribuir-se à forte concorrência de preços que existe entre os maiores gestores de fundos e à generalização dos procedimentos de optimização de gestão de activos, como por exemplo, a eleição do domicilio fiscal mais eficiente. No entanto, se nos centrarmos na escolha do índice mais adequado aos objetivos de investimento, as diferenças de rentabilidade para a mesma classe de activos podem chegar a +/- 50 (5%)0 pontos básicos. Por isso, insistimos que a prioridade deve ser dada à seleção do índice de mercado sobre o fundo ou ETF.

5. Que tipos de estratégias estão a atrair maiores flujos? Quais os sectores ou áreas geográficas?

A indústria de ETF na Europa cresce a um bom ritmo, com um aumento de 28,2% durante este ano até ao final de Agosto, de acordo com ETFGI, para um total de activos sobre gestão de $694 mil milhões. Segundo a mesma fonte, em 2017 os fluxos destinaram-se, em grande parte, aos ETF de ações (61% do total), enquanto que os ETF de obrigações, durante o mesmo período, cresceram 30%. Em termos geográficos, os ETF mais procurados foram os de ações europeias, que atraíram 43,5% do investimento total. Em obrigações, os ETF de dívida corporativa e os de dívida de mercados emergentes contaram entre si, e em partes iguais, a grande maioria dos fluxos monetários durante o ano, representando 67,2% do investimento total nesta classe de activos.

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