Como escolher um PPR?

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Um PPR (Plano Poupança Reforma) é um produto de poupança ou investimento direcionado para o longo prazo e, tal como o nome indica, muito focado para ser um complemento da reforma quando chegar a sua altura de o fazer. No entanto, é possível ser resgatado antes dessa altura mas é vantajoso que deixe passar o máximo tempo possível, para poder usufruir do máximo de benefícios fiscais aplicáveis e, com isso, fazer crescer o seu património acumulado.

Os PPR têm a flexibilidade de poderem ser transferidos entre eles, o que significa que se fizermos uma “má escolha” não ficaremos presos a este produto e podemos transferir para outro que melhor se enquadre com o que pretendemos.

Mesmo existindo esta flexibilidade, é realmente importante sabermos analisar e escolher o PPR que melhor nos sirva, quer seja na subscrição inicial ou numa potencial transferência. Neste artigo vamos explorar este tema de forma mais aprofundada.

Que tipos de PPR existem?

Em primeiro lugar, é importante entender que os PPR se dividem em dois grandes tipos: poupança ou investimento. 

Os PPR de poupança identificam-se por um ponto essencial: capital garantido. Esta característica, semelhante a outros produtos de poupança como os depósitos a prazo, contas poupança ou certificados de aforro, é o que faz com que um produto seja de poupança e não de investimento. O facto de ter capital garantido significa que o seu pior resultado possível é, quando levantar o seu dinheiro, ter lá exatamente o mesmo que lá colocou. Tenha atenção que a inflação desvaloriza o seu dinheiro, por isso se colocar 10.000€ num produto e ao fim de 10 anos levantar na mesma 10.000€, é verdade que o dinheiro é o mesmo, mas o poder de compra é mais baixo, o que significa que, na realidade, perdeu dinheiro ao longo do tempo. Ainda assim, fique com esta noção: é um produto de poupança se disser em algum lado “capital garantido”. Naturalmente que depois terá, ou deve ter, uma determinada taxa de rentabilidade, fixa ou variável, para fazer crescer o seu dinheiro.

Os PPR de investimento diferenciam-se dos de poupança, precisamente por não terem o capital garantido. Isto significa que o seu dinheiro estará a ser investido de acordo com uma certa estratégia, podendo esta ser mais conservadora ou mais agressiva, dependendo do produto e da sua escolha, naturalmente. Hoje em dia, existem PPR que investem 100% no mercado acionista, onde nenhum do seu capital está garantido, mas, em contrapartida, a expectativa de rentabilidade é bastante superior a um PPR de poupança. O ponto mais importante que deve garantir nos PPR de investimento é que entende exatamente para onde está a ir o seu dinheiro para que nunca seja surpreendido.

Fatores importantes na escolha do PPR

Independentemente da sua escolha ir mais pela poupança ou pelo investimento, existem alguns pontos que deve ter sempre em consideração na sua escolha.

Em primeiro lugar, o perfil de risco que irá, logo à partida dizer-lhe se a sua escolha irá recair sobre um produto de poupança ou de investimento e, no caso do segundo, se será um perfil mais conservador ou mais agressivo. Tenha sempre em consideração que deve enquadrar o seu PPR com o restante capital que tem poupado ou investido para garantir que tem uma diversificação apropriada que permita estar preparado para as normais flutuações dos mercados.

O segundo ponto, muito ligado ao primeiro, prende-se com a rentabilidade. Como vimos há pouco, é possível ter rentabilidade garantida ou não, e este é um bom ponto de partida. Imagine que tem um produto com uma rentabilidade garantida de 2% e está a comparar com outro que tem uma rentabilidade histórica, e não garantida, de 1%. Porque motivo havia de escolher o segundo? Aqui deve ter sempre em consideração o equilíbrio risco / recompensa, e só é vantajoso correr mais risco se a recompensa esperada, ainda que não garantida, seja maior. De outra forma, não faz sentido.

O terceiro ponto prende-se com as comissões associadas ao produto, nomeadamente comissões de subscrição, gestão e resgate. As comissões variam bastante e vão depender da entidade financeira e do produto que escolher mas o ideal é que elas sejam o mais reduzidas possível, já que elas irão impactar negativamente a sua rentabilidade e isso é exatamente o que queremos evitar.

O quarto, e último ponto, é comum aos PPR e, na verdade, a qualquer outro produto financeiro e prende-se com a segurança do seu dinheiro, e aqui não estamos a falar de garantia, ou não, de capital. Tenha a garantia que a entidade que escolher para subscrever o seu PPR se encontra devidamente registada e regulada no Banco de Portugal, CMVM (Comissão de Mercados e Valores Mobiliários) ou ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões). Dessa forma, tem a certeza que a entidade financeira é legítima, está autorizada a trabalhar em Portugal e que não é um esquema fraudulento que poderá terminar, e termina muitas vezes, com a perda total do seu capital.

Disclaimer:

RANKIA PORTUGAL: Este artigo é meramente informativo e educacional. As informações fornecidas aqui não podem ser consideradas como aconselhamento financeiro ou recomendação de compra / venda.

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