Como investir dinheiro e ter lucro mensal em Portugal

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ÍNDICE

Investir dinheiro com o objetivo de gerar um rendimento mensal está no topo da lista de desejos de muitos portugueses — e com razão. Com o aumento do custo de vida, a instabilidade laboral e as baixas taxas de poupança, encontrar formas de pôr o dinheiro a trabalhar tornou-se não só desejável, mas essencial.

Neste artigo, vamos explorar, passo a passo, como qualquer pessoa em Portugal pode começar a investir de forma informada e consistente, com o foco em criar fluxos de rendimento mensais. Vamos falar de estratégias, produtos financeiros acessíveis, ferramentas úteis e dos erros mais comuns a evitar. 

Este artigo não deve ser considerado aconselhamento de investimento. É meramente informativo e educacional.

É possível ganhar rendimento mensal com investimentos?

Sim, é possível — mas é importante perceber que gerar rendimento mensal com investimentos não acontece do dia para a noite. Requer estratégia, conhecimento e, acima de tudo, consistência. A ideia de viver com base nos rendimentos dos investimentos é realista, mas tem de ser construída com base em ativos que geram fluxos de caixa regulares.

Em Portugal (e em qualquer outro país), há várias formas de conseguir rendimento mensal com investimentos: desde fundos de investimento que distribuem dividendos, passando por imobiliário para arrendamento, até obrigações que pagam juros periódicos. O segredo está em escolher produtos com distribuição regular de rendimentos, e não apenas aqueles que valorizam no tempo (os chamados produtos de acumulação).

Outro ponto essencial é a diversificação. Não faz sentido depender apenas de um tipo de investimento para gerar esse rendimento — o ideal é combinar diferentes fontes: dividendos de ETFs, juros de obrigações, rendas de imóveis e até pequenos negócios que possam gerar lucro passivo.

A boa notícia? Hoje é mais fácil do que nunca começar. Mesmo com valores pequenos, já é possível criar uma base sólida que, ao longo do tempo, pode tornar-se uma fonte de rendimento mensal fiável. E mais: podes ajustar os teus investimentos consoante os teus objetivos — seja para complementar o ordenado, antecipar a reforma ou simplesmente ter mais liberdade para escolher como e com quem passas o teu tempo.

Passos iniciais para investir com segurança

Começar a investir não precisa de ser um salto no escuro. Pelo contrário: com os passos certos, consegues construir um caminho sólido, alinhado com os teus objetivos e com o nível de risco que estás disposto a assumir. Estes são três passos fundamentais para investir com segurança e com maior probabilidade de sucesso a longo prazo:

1. Define os teus objetivos financeiros

Antes de começares a investir, é essencial saber para que estás a investir. Queres complementar a reforma? Comprar casa? Criar uma fonte de rendimento passivo? O teu objetivo vai determinar o tipo de ativos mais adequados, o horizonte temporal e até o risco que faz sentido assumir. Ter objetivos claros ajuda a manter o foco e a fazer melhores escolhas ao longo do tempo.

2. Aprende a diversificar os teus investimentos

A diversificação é uma das regras de ouro para reduzir o risco. Em vez de colocares todo o teu dinheiro num só ativo (por exemplo, ações de uma única empresa), o ideal é espalhá-lo por diferentes tipos de investimento: ações, obrigações, imobiliário, ETFs, entre outros. Assim, mesmo que uma parte da carteira tenha um desempenho negativo, outras podem compensar. É como construir uma casa com vários pilares — se um abanar, os outros seguram.

3. Mantém um plano e acompanha os resultados

Investir não é só “pôr o dinheiro a render” e esquecer. É preciso manter um plano e acompanhar os resultados com alguma regularidade. Isso não significa olhar para os investimentos todos os dias, mas sim rever a tua carteira periodicamente para garantir que continua alinhada com os teus objetivos e tolerância ao risco. A consistência é muitas vezes mais importante do que a rentabilidade imediata.

Como identificar o teu perfil de investidor

Saber qual é o teu perfil de investidor é um passo fundamental antes de começares a aplicar o teu dinheiro. Este perfil vai ajudar-te a escolher os investimentos mais adequados ao teu nível de tolerância ao risco, objetivos e horizonte temporal. Em geral, os investidores dividem-se em três grandes grupos: conservador, moderado e arrojado.

Investidor conservador

O investidor conservador dá prioridade à segurança do capital. Prefere investimentos com menor rentabilidade, mas também com menos risco. Normalmente, procura preservar o valor do dinheiro, mesmo que isso signifique crescer pouco ao longo do tempo.

Exemplos de produtos indicados: depósitos a prazo, certificados de aforro, obrigações do Estado, fundos de obrigações de curto prazo.

Perfil ideal: quem vai precisar do dinheiro num prazo curto ou médio, ou quem sente desconforto perante oscilações no valor investido.

Investidor moderado

O investidor moderado procura um equilíbrio entre segurança e rentabilidade. Está disposto a assumir algum risco em troca de melhores ganhos, mas ainda prefere manter uma parte da carteira em produtos mais estáveis.

Exemplos de produtos indicados: fundos mistos, ETFs diversificados, obrigações de médio prazo, ações de empresas sólidas e consolidadas.

Perfil ideal: quem tem objetivos de médio/longo prazo, quer rentabilizar o dinheiro, mas ainda valoriza alguma estabilidade.

Investidor arrojado

O investidor arrojado tem uma maior tolerância ao risco e está confortável com oscilações no valor da carteira. O foco está em maximizar a rentabilidade no longo prazo, mesmo que isso implique perdas temporárias.

Exemplos de produtos indicados: ações, ETFs setoriais, fundos de mercados emergentes, criptomoedas, investimentos alternativos.

Perfil ideal: quem investe com um horizonte temporal longo (10 anos ou mais) e tem capacidade emocional e financeira para lidar com a volatilidade do mercado.

Onde investir em Portugal para ter lucro mensal?

Se procuras ter rendimento mensal através dos teus investimentos, há várias opções disponíveis em Portugal. O segredo está em escolher produtos que gerem fluxos de caixa regulares — como juros, dividendos ou rendas. Aqui ficam algumas das alternativas mais procuradas:

1. Fundos imobiliários (REITs ou fundos de investimento imobiliário)

Estes fundos investem em imóveis e distribuem os rendimentos provenientes de aluguéis ou arrendamentos. Muitos pagam dividendos mensais ou trimestrais, sendo uma forma passiva de investir em imobiliário sem comprar casas.

2. ETFs que distribuem dividendos

Existem ETFs (fundos cotados em bolsa) desenhados para gerar rendimento periódico, investindo em ações de empresas que pagam dividendos com regularidade. Alguns ETFs distribuem esse rendimento mensalmente ou trimestralmente.

3. Ações de empresas que pagam dividendos

Algumas empresas portuguesas ou internacionais distribuem dividendos com regularidade. Investir nestas ações pode gerar uma fonte de rendimento passivo, sobretudo se tiveres uma carteira diversificada.

4. Imobiliário para arrendamento

Investir num imóvel e colocá-lo no mercado de arrendamento continua a ser uma opção válida, especialmente em zonas com grande procura. Os arrendamentos mensais funcionam como rendimento regular.

5. Obrigações

Investir em obrigações que pagam juros periódicos é uma forma mais conservadora de obter rendimento. Podem ser obrigações do Estado ou de empresas sólidas.

Se quer saber mais➡️ O que são produtos financeiros?

Como investir 1.000€ e gerar rendimento?

Investir 1.000€ pode parecer pouco, mas é um excelente ponto de partida para começar a construir um rendimento passivo. A chave está em aplicar este valor de forma estratégica, com base no teu perfil de investidor e no objetivo de gerar retorno — mesmo que modesto — todos os meses.

1. ETFs de distribuição

Com 1.000€, já consegues investir em ETFs que pagam dividendos, através de plataformas como a XTB, Degiro ou outras corretoras. Estes ETFs investem em ações de empresas que distribuem parte dos lucros, geralmente de forma trimestral ou mensal.

2. Certificados do Tesouro (ou produtos similares)

O Estado português oferece produtos como os Certificados do Tesouro, que pagam juros periódicos. São produtos mais conservadores, ideais para quem procura segurança.

3. Reinvestir em fundos PPR com rentabilidade

Se procuras uma combinação entre benefício fiscal e rendimento futuro, um PPR (Plano Poupança Reforma) com perfil mais agressivo pode aplicar esse valor em fundos com distribuição. Apesar de ser mais indicado para médio-longo prazo, alguns permitem resgates parciais sem penalização após 5 anos.

4. Microimobiliário ou crowdfunding

Existem plataformas como a Housers ou a Raize que permitem investir em projetos de arrendamento ou empréstimos com valores baixos e retorno regular. É uma forma de entrar no mercado imobiliário ou de crédito com pouco capital.

Leia também ➡️ Como investir com pouco dinheiro?

Comparação: Qual banco/corretora paga mais juros em Portugal?

Se o teu objetivo é ganhar rendimento mensal ou maximizar os juros sobre o teu dinheiro, é essencial, comparar o que os principais bancos e corretoras em Portugal estão atualmente a oferecer. As opções vão desde depósitos a prazo tradicionais, até produtos de investimento com maior rentabilidade.

1. Depósitos a prazo: os mais seguros, mas com juros baixos

Os depósitos a prazo são oferecidos por quase todos os bancos, e os juros estão a baixar, acompanhando também a redução de taxas de juro do BCE.

  • Banco BIG: Super Depósito 3 Meses (novos clientes) – 3,25% TANB, 90 dias, Montante Mínimo 5.000 €
  • Banco Best: Depósito Novos Clientes – 3,20% TANB, 90 Dias, Montante Min: 500€
  • Banco BAI Europa: Depósito a Prazo Novos Clientes – 3% TANB, 90 dias, Montante Mínimo: 2.500€

2. Certificados do Tesouro ou de Aforro

Estes produtos do Estado, acessíveis em balcões dos CTT ou online via AforroNet, têm visto as suas remunerações reduzir e, neste momento são:

  • Certificados de Aforro (série F): rendimento base igual à Euribor a 3 meses + prémio de permanência. Atualmente rondam os 2% TANB na fase inicial, alinhado com a Euribor a 3 meses, aumentando ao longo do tempo..
  • Certificados do Tesouro – poupança crescimento: taxa crescente ao longo de 7 anos, iniciando em 0,75% no primeiro ano e alcançando 2,25% no último ano. A taxa de juro a partir do 2.º ano é acrescida de um prémio, em função do crescimento médio real do Produto Interno Bruto (PIB),

3. Corretoras e plataformas de investimento com juros

  • XTB: oferece juros sobre saldos em conta, ou seja, capital não investido. Atualmente 2,50% nos primeiros 90 dias após abertura de conta e 1% decorrido esse período.
  • Trade Republic: oferecem 2,25% de taxa bruta anual, com pagamentos mensais, sobre o capital não investido.
  • Trading 212 – oferecem juros de 2,4%, aplicado em fundos do mercado monetário qualificados, o que significa que o capital não está abrangido pelo fundo de garantia de depósitos.

Nota: as condições são válidas no momento de escrita deste artigo, pelo que devem ser sempre confirmadas as condições atuais no momento de leitura do mesmo

Leia ainda ➡️ Melhores corretoras que pagam juros pelo dinheiro não investido

Como montar uma carteira de investimentos diversificada

Se há uma regra de ouro no mundo dos investimentos, é esta: não coloques todos os ovos no mesmo cesto. Uma carteira diversificada permite-te reduzir o risco e aumentar as tuas hipóteses de obter bons resultados ao longo do tempo, mesmo em momentos de instabilidade económica.

1. Define o teu perfil de risco

Antes de escolher os ativos, é essencial perceber qual é o teu perfil de investidor:

  • Conservador: valoriza a segurança, mesmo que a rentabilidade seja mais baixa.
  • Moderado: aceita algum risco em troca de melhores retornos.
  • Arrojado: procura rentabilidades elevadas e está disposto a lidar com maior volatilidade.

A tua carteira deve sempre refletir este perfil.

2. Escolhe diferentes classes de ativos

Uma carteira equilibrada mistura vários tipos de ativos, com desempenhos diferentes em cada fase do mercado:

  • Ações: maior potencial de crescimento a longo prazo, mas mais voláteis.
  • Obrigações: mais estáveis e previsíveis, com rendimento fixo.
  • ETFs: forma prática e acessível de diversificar com baixo custo.
  • Fundos imobiliários: geram rendimento passivo e exposição ao mercado imobiliário.
  • Certificados do Tesouro ou Aforro: seguros, ideais para a parte mais defensiva da carteira.
  • Liquidez (dinheiro em conta): essencial para aproveitar oportunidades ou enfrentar emergências.

A chave está no equilíbrio. Mesmo que um ativo caia, outro pode compensar.

3. Reavalia e ajusta com o tempo

O teu perfil, objetivos e o próprio mercado mudam. Por isso, deves:

  • Rever a carteira regularmente (pelo menos 1 vez por ano);
  • Rebalancear: vender o que está em excesso e reforçar o que ficou abaixo do peso ideal;
  • Atualizar os objetivos: por exemplo, se estiveres mais perto da reforma, podes reduzir o risco.

Dicas práticas para gerar rendimento extra além dos investimentos

Investir é uma excelente forma de fazer o dinheiro trabalhar para ti — mas não é o único caminho para aumentar os teus rendimentos. Há outras estratégias que podes adotar no dia a dia para complementar os teus investimentos e acelerar a conquista dos teus objetivos financeiros.

1. Monetiza o teu conhecimento ou talento

Todos temos algo que sabemos fazer bem. Podes transformar esse conhecimento em rendimento extra através de:

  • Aulas particulares (línguas, música, explicações escolares);
  • Formações online (cria um curso ou workshop);
  • Consultoria freelance (nas áreas onde já tens experiência);
  • Criação de conteúdos digitais (YouTube, Substack, podcasts).

Mesmo que comeces devagar, o potencial de crescimento pode ser significativo.

2. Vende o que já não usas

É simples, imediato e eficaz. Plataformas como OLX, Vinted ou Facebook Marketplace permitem vender roupas, livros, gadgets ou mobiliário em bom estado. É uma forma de gerar dinheiro e, ao mesmo tempo, libertar espaço em casa.

3. Cria fontes de rendimento passivo

Além dos investimentos clássicos, há formas alternativas de gerar rendimento com pouca intervenção:

  • Afiliados (partilhar produtos e receber comissões);
  • Aluguer de espaços ou equipamentos (garagens, ferramentas, equipamentos audiovisuais);
  • Criação de produtos digitais (e-books, templates, fotografias).

Pode exigir trabalho inicial, mas é recompensador a longo prazo.

4. Explora o mundo dos trabalhos temporários ou part-time

Não subestimes o poder de alguns trabalhos paralelos ao teu emprego principal:

  • Serviços de entrega ou transporte (Uber, Bolt, Glovo);
  • Trabalhos sazonais (eventos, turismo, comércio);
  • Projetos em plataformas de freelancing (Upwork, Fiverr).

Estes trabalhos podem ser pontuais, mas úteis para reforçar a tua almofada financeira.

5. Revê e renegocia os teus custos fixos

Igualmente importante com a ideia de aumentar rendimentos, está o conceito de reduzir os nossos gastos. Analisa os teus encargos mensais e vê onde podes cortar ou renegociar:

  • Pacotes de telecomunicações;
  • Seguros (vida, automóvel, saúde);
  • Subscrições desnecessárias;
  • Juros e comissões de crédito.

Qualquer valor poupado pode ser canalizado para os teus investimentos.

Conclusão: Como começar hoje a investir e ganhar mensalmente

Investir para obter rendimento mensal em Portugal não é um mito — é uma realidade ao alcance de cada vez mais pessoas. Mas para que isso aconteça com segurança e consistência, é fundamental começar com clareza, estratégia e compromisso.

Definir os teus objetivos financeiros, conhecer o teu perfil de investidor, construir uma carteira diversificada e escolher as melhores soluções de investimento para o teu caso são passos essenciais. Mais do que procurar lucros rápidos, é importante adotar uma mentalidade de longo prazo, com decisões sustentadas e disciplina no acompanhamento.

Lembra-te: o mais difícil não é investir uma grande quantia, é começar. Mesmo com valores baixos, como 50€ ou 1000€, já podes dar os primeiros passos para gerar rendimento passivo e aproximar-te da vida que idealizas — com mais liberdade, tranquilidade e escolhas.

Começa hoje. O tempo é o teu melhor aliado.

Disclaimer:

Lightyear: Capital em risco.

RANKIA PORTUGAL: Este artigo tem caráter exclusivamente informativo e educacional. As informações aqui contidas não constituem aconselhamento financeiro, nem recomendação de compra ou venda de quaisquer instrumentos financeiros. A rentabilidade passada não garante retornos futuros. Antes de tomar decisões de investimento, recomenda-se a consulta de um profissional devidamente habilitado.

Trading 212: Quando investe, o seu capital está em risco e poderá receber menos do que o montante investido. O desempenho passado não garante resultados futuros. Esta informação não constitui aconselhamento de investimento. Faça a sua própria pesquisa. Link patrocinado. Para receber ações fracionadas gratuitas no valor de até 100 EUR/GBP, pode abrir uma conta na Trading 212 através deste link. Aplicam-se termos e condições.

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