Como utilizar as Ondas de Elliott com Fibonacci?

Quando falamos de trading e análise técnica, referimo-nos à aplicação de conhecimentos e estudos específicos que nos permitem tomar decisões informadas com o objetivo de obter benefícios nas operações especulativas dos mercados financeiros.

Entre as inúmeras teorias, métodos e estudos desenvolvidos por diversos especialistas, tanto grandes investidores como simples estudiosos do mercado, destaca-se a teoria mais completa e visionária: o princípio da onda de Elliott, concebido por Ralf Nelson Elliot, durante a primeira metade do século XX.

Estratégia de Trading com Ondas de Elliott e Fibonacci

No princípio da onda, não só se analisam os movimentos de impulso e correção que formam ondas, mas também como estas ondas se combinam para criar estruturas mais complexas que por sua vez geram ciclos de maior envergadura. Além disso, ao estudar detalhadamente a sequência matemática de Fibonacci, observou-se que esta sequência aportava harmonia ao número de movimentos de impulso e correção em cada estrutura. Através de simples operações matemáticas que relacionavam os números da sequência, descobriu-se uma série de proporções percentuais que conferiam às estruturas uma regularidade matemática.

O que é a Teoria das Ondas de Elliott?

As Ondas de Elliott, ou o Princípio das Ondas de Elliott, constituem uma metodologia de análise técnica no mercado financeiro que explora a maneira como os preços de mercado seguem padrões de movimento repetitivos, conhecidos como “ondas”, os quais refletem a psicologia coletiva dos investidores.

Em essência, trata-se de movimentos que acabam conformando ciclos que se repetem no tempo e pelo conceito de fractalidade estes ciclos formam-se em qualquer temporalidade.

Para uma melhor compreensão da Teoria do Princípio da Onda, é útil desagregá-la em diferentes partes ou conceitos-chave, como Impulsos e Correções, Estruturas, Ciclos e o conceito de Fractalidade.

Teoria das Ondas de Elliott

No gráfico apresentado, pode-se observar como a sequência de impulsos e correções se combina para formar estruturas, e um conjunto específico dessas estruturas conformam um determinado ciclo.

Com um profundo entendimento desta teoria, que estabelece que o número de movimentos em qualquer estrutura é constante em qualquer ciclo de qualquer ativo, e considerando a ideia de fractalidade que nos indica quantos impulsos e correções existem em cada estrutura através dos números da sequência de Fibonacci, temos a capacidade de identificar em que estrutura nos encontramos num dado momento, em que fase dessa estrutura estamos, e quais são os movimentos seguintes.

É importante ter em conta que enfrentaremos sempre duas possíveis estruturas de continuação: uma mais provável e outra possível, que dependerá de alcançar zonas de validação para confirmar o próximo movimento. Será crucial ter atenção para determinar se um impulso maior foi concluído ou se ainda resta um novo movimento para completar uma correção.

O que é a sequência de Fibonacci e as percentagens que se utilizam nos retrocessos e nas extensões?

Leonardo Fibonacci (1170-1250) foi um matemático italiano que em 1202 escreveu uma das suas obras mais destacadas, “Liber Abaci”, na qual introduziu na Europa importantes conhecimentos que tinha adquirido do sistema indo-arábico. Neste livro, além de difundir o sistema decimal na Europa e apresentar cálculos e operações avançadas de trigonometria, também introduziu uma sequência de números que mais tarde seria conhecida como a sequência de Fibonacci. Embora se atribua a Leonardo Fibonacci o mérito de popularizar esta sequência, é provável que a sua origem seja muito mais antiga, já que existem registos desta desde cerca do ano 400 d.C.

A sequência de Fibonacci, obtém-se somando sempre os últimos dois números anteriores assim:

• 0 mais 1 é 1,
• 1 mais 1 é 2,
• 1 mais 2 são 3,
• 3 mais 2 são 5,
• 3 mais 5 são 8,… até o infinito.

Em outras palavras, este poderia ser o início da sequência de Fibonacci que chega até o infinito: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, 610, 987, 1597, 2584, 4181, 6765, …

Quando contamos os movimentos que primeiro, desenham as estruturas e depois os ciclos, aplicando o conceito de fractalidade, resulta que a quantidade de movimentos e ondas de qualquer estrutura é sempre regular e igual na fractalidade aos números da sequência de Fibonacci.

Como funciona a fractalidade na Fibonacci?

Outra das características mais importantes desta sequência é que a divisão de qualquer número pelo anterior dá-nos a quantidade 1,618030, conhecido como número Áureo, e que está presente em múltiplos elementos da natureza.

Os estudos de Elliot permitiram-lhe encontrar, toda uma série de números, realizando divisões entre os números da sequência, com alternados e segundos alternados etc. com os quais conseguiu encontrar as proporções que marcam os percursos dos movimentos das ondas nas estruturas.

Os números que nos ajudarão a entender as zonas de finalização dos percursos das ondas são:

• Correcções ou retrocessos de Fibonacci: 23,6%, 38,2%, 61,8%, 76,4% mais o 50% e os 85,4% e 14,6%

• Extensões de Fibonacci: 161,8%, 261,8%, 423,6%, e os 100%, 123,6%, 200%, 223,6%, e em alguma ocasião correção técnica mínima de onda C, 61,8%.

Como identificar as estruturas em curso, utilizando os percentuais de Fibonacci no estudo e projeção dos movimentos?

É óbvio que, se começarmos a nossa busca em gráficos menores, não teremos nenhuma perspectiva clara nem da estrutura nem do ciclo em que nos encontramos. Assim, a forma de realizar corretamente um estudo é começando a partir de gráficos maiores.

Vamos ver um exemplo, com o par de Forex EUR/USD, já que está numa zona de ciclo e estrutura interessante. Para isto veremos toda a sequência de gráficos de maior a menor, com as possíveis contagens, para determinar em que zona nos encontramos e qual será a continuação mais provável.

Gráfico Trimestral do EUR/USD

No gráfico trimestral podemos observar uma evolução ascendente no par durante vários anos, o que implica um fortalecimento do Euro. Posteriormente, ocorre uma correção até o ano 2001, resultando num fortalecimento do dólar americano. A partir do ano 2001, inicia-se um novo impulso técnico ascendente, o que significa um novo fortalecimento do Euro até 2008.

Projeção do preço com Ondas de Elliott e Fibonacci -Gráfico trimestral-

Atualmente, estamos novamente num período de fortalecimento do dólar que tem persistido durante os últimos 16 anos. Especificamente, ao observarmos o gráfico trimestral, podemos identificar que estamos na etapa final deste ciclo de fortalecimento do dólar em relação ao Euro. Embora ainda reste um período temporal considerável, que pode ser de meses ou até mesmo um ano, antes que este mesmo período chegue ao seu fim.

Gráfico Mensal do EUR/USD

No gráfico mensal, podemos observar com mais detalhe o período desde o ano 2008 até à atualidade. Durante este tempo registamos uma primeira fase de descida técnica no gráfico mensal que se estendeu até o ano 2017. Naquele momento, uma parte significativa do mercado acreditou que o período de fortalecimento do dólar americano poderia ter chegado ao fim. No entanto, isso não foi assim, pois apenas obtivemos uma correção até ao ano de 2018.

Gráfico mensal: projeção do preço com Ondas de Elliott e Fibonacci

A partir de então, começou uma nova estrutura completa ou ciclo de fortalecimento do dólar americano em comparação com o euro. A validação desta nova estrutura ou ciclo de continuação de fortalecimento do dólar americano ocorreu no ano 2022.

Gráfico Semanal do EUR/USD

No gráfico semanal pode-se observar o movimento desde o ano de 2018, que marca o início da estrutura ou ciclo baixista atual. De maneira clara, podem-se identificar 4 das 5 ondas esperadas para completar a estrutura.

Gráfico semanal: projeção do preço com Ondas de Elliott e Fibonacci

Desde o ano de 2018, observa-se um impulso baixista, seguido de uma correção, depois outro impulso importante para baixo, identificado como onda 3. Posteriormente, ocorre uma nova correção que chega até a zona esperada no verão de 2023. Desde então começa o último impulso principal com um objetivo aproximado na zona entre 0,91 e 0,90. No entanto, este objetivo final dependerá das medições das estruturas internas desta onda 5, o que permitirá estabelecer com maior precisão a zona esperada para a finalização da onda, a estrutura e o ciclo como um todo à medida que o tempo passa.

Gráfico Diário do EUR/USD

No gráfico diário podemos observar o movimento desde o verão de 2023 até à atualidade. Após finalizar o movimento corretivo na parte superior da zona esperada, entre 50% e 61,8% do impulso ou onda 3 anterior, observou-se uma onda 1, que cumpriu com os critérios de um padrão perfeito, com projeções das 5 ondas dentro dos níveis de Fibonacci esperados e um mínimo abaixo dos dois mínimos anteriores. Isso validava o início da última estrutura de 5 ondas para concluir o grande ciclo.

Gráfico diário: projeção do preço com Ondas de Elliott e Fibonacci

O movimento seguinte, a partir de outubro de 2023, era crucial para validar que se tratava apenas de uma correção e que já estávamos definitivamente no novo impulso da estrutura. No gráfico, podem-se identificar as ondas corretivas, com uma onda A e B seguidas de um impulso de 5 ondas para a onda C. Esta onda corretiva atingiu a zona de correção de 76,4%, que é típica das ondas 2, mantendo-se tudo dentro do caminho traçado e esperado.

No atual impulso da onda 3, observa-se alguma lateralidade desde fevereiro de 2024, o que deu lugar ao início de uma onda dupla 3 estendida. É possível identificar as sub-ondas 1-3, 2-3, e posteriormente a mesma sequência 1-3-3, 2-3-3. Se analisarmos a estrutura, podemos ver que em todo momento se mantiveram os mínimos e máximos mais baixos desde o final da onda 2 principal. Embora uma onda 3 estendida seja mais comum no mercado de ações europeu, também pode ser observada em qualquer ativo.

Gráfico 4 horas do EUR/USD

No gráfico de 4 horas é possível observar uma contagem precisa de um impulso de 5 ondas que marcou o final do movimento corretivo anterior e deu lugar à formação da onda 1 de um ciclo menor. A onda 2 seguinte, apesar da volatilidade gerada pelos dados macroeconómicos, atingiu de forma quase exata a zona esperada de correção da onda 2 de ciclo menor, situada entre 61,8% e 76,4%.

Gráfico 4 horas: projeção do preço com Ondas de Elliott e Fibonacci

A partir deste ponto começou-se a projetar o caminho futuro para o período temporal de curto/médio prazo seguinte, com o objetivo de alcançar uma cota histórica muito significativa em torno de 1,034. Esta análise detalhada e precisa das ondas no gráfico de 4 horas fornece um guia valioso para antecipar e planear as decisões de investimento no mercado. A atenção aos detalhes e a interpretação cuidadosa dos padrões do mercado são fundamentais para o sucesso no trading.

Tracei um caminho claro a seguir, onde o preço se desloca para as zonas projetadas. Com a estrutura já estabelecida, a operação torna-se simples – só é necessário fazer ajustes à medida que as ondas chegam à sua finalização.

No entanto, o mais importante é detetar rapidamente qualquer desvio significativo do preço em relação ao caminho esperado. Este desvio indicaria que a estrutura projetada não é a correta, pelo que poderemos agir de imediato e considerar a outra possível estrutura que já temos contemplada.

Existem sempre pelo menos duas possíveis estruturas a ter em conta. Um especialista na teoria de Elliott não é um “deus”, embora às vezes, ao observar como o preço vai seguindo as ondas projetadas, possa parecer. Mais precisamente, um especialista na teoria de Elliott é um diligente estudioso dos mercados que deve agir com humildade. Quando o preço segue o caminho marcado, a operação é simples, mas ao afastar-se desse caminho e entrar em zonas de invalidação técnica, é imperativo apagar tudo e traçar um novo caminho com a outra possível estrutura prevista.

Como utilizar os percentuais de Fibonacci no estudo e projeção dos movimentos?

Como vimos na seção anterior, o mais importante é conhecer sempre o ciclo completo onde nos encontramos, e uma vez determinado o maior ciclo, trata-se de ir descendo de ciclos, descendo de temporalidade, até chegar ao gráfico mestre que vamos utilizar, dependendo do tipo de operação que queremos efetuar.

Para um investidor que procura uma boa oportunidade de entrada em qualquer ativo, só deve estudar os gráficos trimestral, mensal e semanal, que utilizará como gráfico mestre para ajustar a entrada na zona final de viragem após uma grande correção para benefícios especulativos.

Como detetar o início de uma sequência de ondas de Elliott?

No gráfico mensal, observa-se que a empresa PayPal corrigiu mais de 76,4%. Numa análise fundamental rápida, é possível observar o seguinte:

• As vendas mantiveram uma tendência de alta, passando de 10 mil milhões em 2016 para 25,3 mil milhões em 2021, e atingindo quase 30 mil milhões em 2023.
  
• Os ativos líquidos registaram um crescimento constante, chegando a 83,4 mil milhões.
  
• A dívida a longo prazo manteve-se estável em 9,6 mil milhões, enquanto a dívida total, incluindo a de curto prazo, ascende a 62,6 mil milhões.
  
• A liquidez situa-se em quase 15 mil milhões.

Com estes dados em mente e após uma análise mais detalhada da situação atual, aqueles interessados em adquirir este ativo e que os dados fundamentais básicos lhes dão segurança para comprar o ativo, então só precisam de examinar o gráfico semanal em busca da primeira validação de uma mudança de tendência, o que lhes permitirá comprar o ativo a um preço atrativo.

Primera validação da mudança de tendência, segundo Elliott e projeção de Fibonacci

Para um investidor a muito longo prazo, terá tido uma entrada muito precoce e de muito elevada probabilidade de sucesso.

Para um investidor-trader, conhecedor de técnicas de Análise Técnica, que tanto pretende a rentabilidade com dividendo como a rentabilidade especulativa, já terá o caminho marcado para gerir a máxima rentabilidade esperada a médio prazo.

Para um investidor de operação Growth, que negoceia ações com derivados, terá o cenário para os seus movimentos especulativos.

Projeção de estruturas com percentagens de Fibonacci, em diferentes temporalidades, para canalizar os movimentos do preço

Dependendo dos mercados e ativos que se negoceiem, deveremos utilizar um ou outro gráfico temporal como gráfico mestre.

Com operativas com derivados de elevada alavancagem, o gráfico mestre principal será o de 4 horas, mas o ajuste dos movimentos de intradiário ou mesmo de scalping, faremos ao baixar a temporalidade dos gráficos, gráfico de 1 hora, gráfico de 12 minutos, etc., procurando as zonas de possível negociação com elevada probabilidade.

Como se deteta a temporalidad e fractalidade na teoria Elliott-fibonacci?

No gráfico de 4 horas do Dow, observa-se uma estrutura corretiva em baixa com um padrão ABC, onde a onda C completou 5 sub-ondas. Esta onda C coincide com a zona projetada que esperávamos, como indicava a fita rosa. Após um ressalto posterior até os 38595, o preço corrige até a zona esperada, tipicamente entre 61.8% e 76.4% da última tendência de alta. Se nos basearmos apenas no gráfico de 4 horas, a confirmação da entrada estaria em torno dos 38595.

Se, por outro lado, uma vez alcançada a zona de correção prevista, descemos para uma temporalidade menor, podemos ajustar de maneira mais significativa a nossa operativa potencial.

Observamos no gráfico de 1 hora que, depois de tocar a zona de 37706 (correção de 61,8% a 76,4% segundo o gráfico de 4 horas), registamos um movimento impulsivo até aos 38360, seguido de outra correção com retrocesso aos 61,8% a 76,4%. É importante notar que, ao referir-nos ao gráfico de 1 hora, uma vez alcançado o retrocesso esperado no gráfico de 4 horas, a possibilidade de uma entrada validada é muito antes. Em vez dos 38595 como mencionado anteriormente, a validação antecipada, enquanto esperamos a validação principal, encontra-se nos 38360.

A zona objetivo inicial esperada, onde poderia concluir o primeiro impulso, é a mesma em ambos os casos: os 39000. Aqui convergem as projeções de 161,8% tanto da validação em H4 (entrando nos 38595) como em H1 (nos 38360). Ao considerar o gráfico de 1 hora, temos um maior controlo sobre a operativa. Ao adicionar o indicador “túnel Domenec“, que se baseia em movimentos estruturais, podemos ter um controlo quase total da nossa operativa desde o ponto de validação até à zona objetivo projetada. Isto permite-nos sair segundo o sistema e conseguir uma nova entrada numa validação antecipada, maximizando a rentabilidade e minimizando os riscos.

À medida que descemos em temporalidade, as validações e projeções tornam-se mais ajustadas, o que aumenta a possibilidade de rentabilidade. No entanto, é necessário um nível de conhecimentos e experiência exponencialmente maior para operar de forma eficaz neste contexto.

Porque é que a análise técnica e as ondas de Elliot são a essência do Trading?

No mercado há Investidores a longo prazo e especuladores com operações de investimento a curto ou médio prazo, isto ocorre em qualquer tipo de investimento, imobiliário, bens tangíveis, ou mercados financeiros. Nos mercados financeiros, os especuladores são conhecidos como traders.

Dependendo do conhecimento, experiência e busca de rentabilidade, temos diferentes níveis de traders, desde os investidores-traders, até aos traders de intradiário. Vejamos com exemplos que será muito mais fácil.

Um investidor que quer estar mais de 10 anos num ativo é porque está à procura de um ativo onde espera que o rendimento dos dividendos juntamente com o crescimento natural do valor da ação lhe proporcionem uma ampla rentabilidade ao seu investimento e não se preocupa em ter que especular.

As Ondas de Elliott são parte fundamental da análise técnica

Aqui temos o exemplo da Coca-Cola em gráfico trimestral, só é preciso deixar a empresa correr, pois esta é muito estável. Nos últimos 20 anos, subiu de 13,35 para 62,50, quase 5 vezes, com dividendos muito estáveis. Rentabilidade composta alta.

Um Investidor-trader mais agressivo, utilizando por exemplo a Genial line (a linha de pontos que muda de cor), do “túnel Domenec”, durante o mesmo período e percurso, obteria quase o dobro de rentabilidade especulativa, embora perdesse parte significativa da remuneração por dividendos, ou pudesse ser obrigado a fazer “hedging” – coberturas com produtos derivados. Com o hedging, reduziria um pouco a rentabilidade especulativa, mas manteria íntegra a remuneração dos dividendos.

Com o mesmo exemplo anterior, se fosse baixando mais a temporalidade, até gráficos diários ou mesmo gráfico de 4 horas, aumentaria significativamente o benefício especulativo, até multiplicar o inicial por uma quantia considerável, mas acabaria por perder a remuneração dos dividendos.

Isto é a essência do trading, a passagem de investidor a trader, ocorre à medida que crescem os conhecimentos e a experiência, e o investidor-trader vê a possibilidade de benefícios mais importantes do que os do investimento clássico.

👉 E por falar nisso, não deixe de consultar o nosso artigo guia sobre a Análise técnica – Guia completo

Hoje em dia, com a quantidade de produtos derivados que temos onde podemos escolher a alavancagem, cada trader pode encontrar o seu lugar no mercado.

Sempre cumprindo a equação, conhecimento experiência, produto com X alavancagem, e rentabilidade esperada, cada investidor ou cada trader, deve encontrar o seu lugar no mercado.

O canal de Elliot: O que é, para que serve e como desenhá-lo e utilizá-lo?

Depois de tudo o que foi explicado, há um tema central que é muito importante, a soma de conhecimento e experiência permite enfrentar novos desafios, com técnicas de trading e diferentes temporalidades onde obter mais rentabilidade.

Quando negociamos com as ondas de Elliot e com a utilização dos percentagens de Fibonacci, o que pretendemos, basicamente, é ter o controlo da nossa operativa. Dispor dos conhecimentos para poder elaborar estratégias que numa elevada percentagem sejam vencedoras.

As zonas de reversão são sempre as mais complicadas de determinar, mesmo tendo projeções claras, se o preço chegar à zona projetada com força, é possível que se possa prolongar o percurso um pouco mais. Pelo contrário, se chegar com pouca força e encontrar uma zona de forte suporte ou resistência, é possível que o percurso possa ficar um pouco curto.

Portanto, mesmo conhecendo as estruturas e dispondo dos conhecimentos para ir baixando de gráfico até marcar claramente o caminho, e utilizando todas as ferramentas, “Tunel Domenec”, cotas históricas, indicador multiavisos, etc. conhecer com bastante exatidão a zona possível de reversão.

Mas graças ao senhor Elliot, dispomos de uma ferramenta adicional que nos permitirá conhecer com clareza o final da estrutura ou ciclo, o canal de Elliot.

O canal de Elliot, é uma ferramenta que só traçamos já na parte final de uma estrutura, sempre dentro de um impulso, com o objetivo de determinar de forma precoce, o final do movimento.

Quando já temos uma estrutura muito avançada, e estamos já atentos ao estudo da possível zona de inversão, podemos traçar o canal de Elliot, marcando a diretriz principal, entre os finais da onda 2 e onda 4, colocando a diretriz paralela, no topo da onda 3.

O funcionamento do canal de Elliot é muito simples, uma vez desenhado o canal, após o final da onda 4 e já em fase de construção da onda 5, desenhamos o canal, como acabei de explicar. No momento em que o preço tocar a diretriz paralela, naquela zona finalizará a estrutura, ou no caso de não chegar a tocar a diretriz paralela, se o preço quebrar a diretriz principal também sabemos de forma muito precoce que o movimento terminou.

No exemplo do gráfico, dentro do impulso da onda C, da correção baixista, à esquerda do gráfico com o canal baixista, vemos como o preço toca a diretriz, rebate e completa a estrutura e inverte.

Na parte mais central e direita do gráfico vemos desenhado o canal altista, neste caso, o preço não teve força para finalizar a estrutura, tocando a diretriz paralela, ficou em lateral, e justo quando quebra a diretriz principal, é que a estrutura terminou.

Uma ferramenta a mais, para ajudar em zonas tão complicadas e críticas como são as zonas de inversão, esta informação é imprescindível, para otimizar ao máximo a rentabilidade.