Mercado de Ações em Portugal: Como funciona e está estruturado

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O mercado de ações representa um dos pilares da economia moderna: é no ambiente onde as empresas listadas vendem e compram frações do seu capital através de ativos cotados, permitindo às pessoas transformar-se em acionistas. Em Portugal, esse universo opera principalmente através da bolsa de valores conhecida como Euronext Lisboa, onde estão presentes empresas de diferentes setores e que servem como barómetro da economia nacional — como acontece com o índice PSI (antigo PSI 20) 

O mercado divide-se ainda entre o mercado primário, onde acontecem as emissões iniciais de ações (como IPO), e o mercado secundário, onde estas são negociadas diariamente entre investidores. A atividade é rigorosamente regulada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que garante a transparência e a proteção do investidor.

Este é um espaço frequentado por diferentes players — desde investidores institucionais, como fundos e seguradoras, até particulares que procuram rentabilizar poupanças através da negociação de ações com base em fundamentos, tendências ou posicionamento estratégico.

Neste artigo, vamos explicar de forma clara e estruturada:

  • o que é o mercado de ações e o seu funcionamento no contexto português e europeu;
  • como os mercados primário e secundário se complementam;
  • e, sobretudo, como começar a operar na bolsa de forma segura e informada, com atenção à regulamentação, aos principais índices e aos direitos e deveres de quem investe.

Se queres entender melhor o funcionamento da Euronext Lisboa, o papel da CMVM, o índice PSI, e descobrir como dar os primeiros passos na negociação de ações, estás no sítio certo.

O que é o mercado de ações?

O mercado de ações é o espaço — físico ou digital — onde se compram e vendem ações, que representam pequenas partes do capital social de empresas. Através deste mercado, empresas podem financiar-se e expandir as suas operações, enquanto investidores procuram retorno sob a forma de dividendos ou valorização do capital investido.

Em Portugal, este mercado está integrado na Euronext Lisboa, que é a bolsa nacional, pertencente ao grupo pan-europeu Euronext. É aqui que se encontram ativos cotados como a Galp, EDP, Jerónimo Martins ou NOS, entre outros.

Diferença entre ação e mercado de ações

Uma ação é uma unidade de participação no capital de uma empresa. Ao comprar uma ação, o investidor torna-se acionista, adquirindo direitos como:

  • Participar nos lucros (via dividendos);
  • Votar em assembleias de acionistas;
  • Beneficiar da valorização das ações no mercado.

Já o mercado de ações é o ambiente estruturado onde essas transações ocorrem, com regras definidas, participantes diversos (desde pequenos investidores a investidores institucionais) e supervisão por entidades como a CMVM.

Em resumo: a ação é o ativo; o mercado de ações é o espaço onde esse ativo é negociado.

Papel na economia

O mercado de ações desempenha um papel crucial no financiamento da economia real. Permite que empresas:

  • Acedam a capital para crescer e inovar;
  • Melhorem a sua visibilidade e reputação pública;
  • Partilhem risco com investidores.

Para os investidores, o mercado oferece uma forma de participar diretamente no sucesso das empresas, criando uma ligação entre poupança privada e desenvolvimento económico.

Além disso, é um barómetro da confiança e estabilidade: índices como o PSI (o principal índice da Euronext Lisboa) refletem a perceção dos investidores sobre o futuro das empresas e da economia nacional.

Estrutura do mercado de ações em Portugal

O mercado acionista português está integrado num sistema europeu mais amplo, mas tem características e entidades próprias que importa conhecer. A sua estrutura é composta por plataformas de negociação, entidades reguladoras e empresas cotadas, sendo a Euronext Lisboa o núcleo central da atividade bolsista no país.

A Euronext Lisboa

A Euronext Lisboa é a bolsa de valores oficial em Portugal e faz parte do grupo pan-europeu Euronext, que também integra mercados como Paris, Amesterdão, Bruxelas, Dublin, Oslo e Milão.

É nesta plataforma que são negociadas as ações das principais empresas portuguesas, conhecidas como ativos cotados. Os títulos são agrupados em índices, sendo o PSI (antigo PSI 20) o mais representativo — composto pelas maiores empresas em termos de liquidez e capitalização bolsista.

Além da negociação de ações, a Euronext Lisboa disponibiliza instrumentos como:

  • Obrigações;
  • Fundos cotados (ETFs);
  • Derivados (opções e futuros).

A supervisão da atividade é feita pela CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, que assegura a transparência, protege os investidores e regula a conduta dos intermediários financeiros.

A Euronext Lisboa é, por isso, o ponto de entrada natural para qualquer investidor que pretenda operar na bolsa de valores em Portugal.

Outros mercados europeus relevantes

Embora muitos investidores portugueses comecem pela Euronext Lisboa, diversificar geograficamente é uma prática comum, especialmente através de plataformas que permitem negociar ações em outros mercados europeus integrados na rede Euronext.

Entre os mais relevantes destacam-se:

  • Euronext Paris – a maior bolsa do grupo, com empresas de grande capitalização como LVMH, TotalEnergies ou Airbus;
  • Euronext Amesterdão – conhecida pela sua forte ligação aos setores tecnológico e financeiro;
  • Xetra Frankfurt (fora da Euronext) – uma das maiores bolsas da Europa, com gigantes como Siemens, SAP e Deutsche Bank;
  • Bolsa de Londres (LSE) – apesar do Brexit, continua a ser um centro financeiro global, com grande liquidez e diversidade setorial.

Estas bolsas europeias são especialmente atrativas para investidores institucionais e investidores mais experientes, mas estão também acessíveis a particulares através de corretoras autorizadas.

Em síntese: o investidor português tem ao seu dispor uma estrutura sólida e regulamentada — tanto no plano nacional, com a Euronext Lisboa, como no plano europeu, através de bolsas integradas com elevados padrões de supervisão e liquidez.

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Tipos de mercado

No universo do mercado de ações, a negociação dos títulos não acontece de forma aleatória ou indiferenciada. Existem dois grandes tipos de mercado que representam momentos distintos no ciclo de vida de um título: o mercado primário e o mercado secundário.

Compreender esta distinção é fundamental para perceber como os ativos cotados chegam ao investidor e como são posteriormente transacionados no dia a dia da bolsa.

Mercado primário

O mercado primário é onde as ações são emitidas pela primeira vez, ou seja, é o ponto de entrada das empresas na bolsa. Aqui, a empresa oferece novas ações ao público (ou a investidores institucionais) com o objetivo de captar capital.

O exemplo mais comum é o IPO (Oferta Pública Inicial), em que uma empresa privada se torna pública, passando a ter ações cotadas em bolsa.

Características principais:

  • O capital investido vai diretamente para a empresa;
  • A valorização ou desvalorização da ação ainda não é determinada pelo mercado;
  • É regulado por entidades como a CMVM, que assegura a transparência e protege os investidores no processo.

Em resumo, no mercado primário, o investidor está a comprar ações novas, diretamente da empresa emitente.

Mercado secundário

O mercado secundário é onde ocorre a negociação diária das ações já existentes, entre investidores. É o ambiente que associamos normalmente à “bolsa de valores”, com cotações em tempo real, ordens de compra e venda e variações de preço contínuas.

Características principais:

  • A negociação é feita entre investidores — a empresa não recebe novo capital;
  • O preço das ações é determinado pela oferta e procura no mercado;
  • É o principal canal de liquidez para quem quer entrar ou sair de uma posição.

O mercado secundário permite que os investidores adquiram ou vendam ações de empresas cotadas a qualquer momento, com base nas condições do mercado e nas suas estratégias pessoais.

Quem participa no mercado?

O mercado de ações é composto por diferentes intervenientes, cada um com objetivos, perfis e níveis de influência distintos. Desde o pequeno aforrador que compra ações pela primeira vez, até aos grandes fundos de investimento que movimentam milhões diariamente, todos têm um papel a desempenhar na dinâmica da bolsa de valores.

Investidores individuais

Também conhecidos como retalho, os investidores individuais são pessoas singulares que aplicam as suas poupanças na negociação de ações. Têm vindo a ganhar destaque nos últimos anos, graças ao acesso facilitado a plataformas digitais de investimento, menores comissões e maior literacia financeira.

Características principais:

  • Investem quantias mais reduzidas, com prazos variáveis (curto, médio ou longo prazo);
  • Muitas vezes investem em ações nacionais cotadas na Euronext Lisboa, mas também em mercados internacionais;
  • Procuram rendimento através de dividendos, valorização das ações ou estratégias de longo prazo.

Apesar de terem um peso menor na movimentação diária do mercado, os investidores individuais são essenciais para garantir diversidade, liquidez e estabilidade no mercado acionista.

 Investidores institucionais

Os investidores institucionais são entidades com grande capacidade financeira e técnica, que operam no mercado com objetivos profissionais e estratégicos. Incluem:

  • Fundos de investimento;
  • Fundos de pensões;
  • Companhias de seguros;
  • Bancos e corretoras;
  • Gestoras de ativos.

Estes participantes têm uma presença dominante na maioria das bolsas de valores, incluindo a portuguesa, sendo responsáveis por grande parte das ordens de compra e venda de ativos cotados.

Têm acesso a ferramentas avançadas, equipas de análise, e estratégias mais sofisticadas — o que lhes confere maior influência sobre os preços e tendências de mercado.

Por outro lado, a sua atuação está sujeita a regras rigorosas de transparência, reporte e gestão de risco, com o objetivo de proteger os interesses dos clientes e o bom funcionamento do mercado.

Reguladores (CMVM)

O papel dos reguladores é fundamental para garantir a integridade, transparência e equidade dos mercados financeiros. Em Portugal, esta função é desempenhada pela CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Principais funções da CMVM:

  • Supervisionar a atividade das empresas cotadas e dos intermediários financeiros;
  • Garantir que os investidores são devidamente informados e protegidos;
  • Fiscalizar ofertas públicas, fusões, aquisições e operações relevantes no mercado;
  • Promover a transparência e a estabilidade do sistema financeiro.

A CMVM atua com base na legislação nacional e europeia e tem o poder de aplicar sanções e medidas corretivas quando identifica práticas abusivas ou violações das regras do mercado.

Em síntese, o mercado é um ecossistema dinâmico, onde investidores individuais, institucionais e reguladores como a CMVM interagem num equilíbrio constante entre risco, oportunidade e supervisão.

Ativos negociados

Quando falamos em negociação de ações, referimo-nos a um conjunto mais amplo de ativos financeiros cotados que estão disponíveis para compra e venda nas bolsas de valores. Embora as ações sejam o instrumento mais conhecido e representativo, o mercado oferece uma variedade de ativos que respondem a diferentes objetivos de investimento e perfis de risco.

Abaixo, destacamos os principais ativos negociados na Euronext Lisboa e noutros mercados europeus acessíveis aos investidores portugueses:

Ações

As ações representam partes do capital social de uma empresa. São o ativo mais comum no mercado acionista e podem ser:

  • Ordinárias – com direito a voto e participação nos lucros;
  • Preferenciais – com prioridade na distribuição de dividendos, mas geralmente sem direito de voto.

Exemplos de ações cotadas em Portugal incluem empresas como EDP, Galp, NOS, Jerónimo Martins ou Sonae, todas elas listadas na Euronext Lisboa.

Obrigações

Embora não sejam ações, as obrigações são outro ativo frequentemente negociado nas bolsas. Representam empréstimos concedidos pelos investidores às empresas ou ao Estado, com a promessa de pagamento de juros regulares e devolução do capital na maturidade.

Algumas obrigações são cotadas em mercados organizados, permitindo a sua compra e venda de forma semelhante às ações.

Fundos cotados (ETFs)

Os Exchange-Traded Funds (ETFs) são fundos de investimento que replicam um índice ou um conjunto de ativos e são negociados em bolsa como se fossem ações. Permitem diversificação imediata, com custos reduzidos e liquidez diária.

São ideais para investidores que pretendem exposição a um setor, região ou índice (como o PSI ou o Euro Stoxx 50), sem ter de comprar cada título individualmente.

Direitos e Warrants

Durante processos como aumentos de capital, os acionistas podem receber direitos de subscrição, que lhes permitem comprar novas ações com prioridade. Estes direitos são negociáveis em bolsa durante um período limitado.

Já os warrants são instrumentos derivados que oferecem o direito de comprar ou vender um ativo subjacente a um preço fixado, até uma data determinada — usados geralmente com fins especulativos ou de cobertura de risco.

Derivados (Futuros e Opções)

Os derivados financeiros são contratos cujo valor depende do comportamento de um ativo subjacente (ações, índices, taxas de juro, etc.). Embora mais complexos e arriscados, são amplamente utilizados por investidores institucionais para cobertura (hedging) e estratégias avançadas.

A negociação de derivados exige conhecimento técnico e, muitas vezes, uma autorização específica por parte da corretora.

Formação de preço e fatores que influenciam

O preço de uma ação não é fixo nem arbitrário — é o resultado de uma interação contínua entre múltiplos fatores, com destaque para as forças de oferta e procura. Esta dinâmica é uma das características centrais do mercado secundário, onde os títulos previamente emitidos são livremente negociados.

Além disso, elementos externos como notícias económicas, resultados financeiros e eventos políticos podem influenciar de forma significativa o valor dos ativos cotados. Para investir com sucesso, é essencial compreender como estes mecanismos funcionam.

Oferta e procura

A oferta e a procura são o motor principal da formação de preços no mercado de ações. Quando há mais compradores do que vendedores para uma determinada ação, o seu preço tende a subir. Inversamente, quando há mais vendedores do que compradores, o preço tende a descer.

Esta relação é influenciada por vários fatores, entre eles:

  • Expectativas sobre os lucros futuros da empresa;
  • Acontecimentos internos (mudança de gestão, fusões, lançamentos de produtos);
  • Tendências do setor de atividade;
  • Nível de confiança dos investidores institucionais e individuais.

Em suma, o preço de uma ação reflete quanto os investidores estão dispostos a pagar ou a receber por ela naquele momento — o que faz com que os preços oscilem constantemente ao longo do dia.

Notícias e indicadores económicos

As notícias e os dados económicos têm um impacto direto e muitas vezes imediato no comportamento dos mercados.

Alguns exemplos de fatores externos que influenciam os preços das ações:

  • Relatórios trimestrais e resultados anuais das empresas;
  • Indicadores macroeconómicos como PIB, inflação, taxa de desemprego ou confiança dos consumidores;
  • Política monetária (como decisões de taxas de juro por parte do BCE);
  • Notícias políticas ou geopolíticas, que podem gerar instabilidade nos mercados;
  • Alterações legislativas ou fiscais com impacto nas empresas cotadas.

Além disso, acontecimentos inesperados (ex.: crises sanitárias, falências, escândalos corporativos) podem gerar volatilidade acentuada nos ativos cotados, especialmente quando amplificados por reações rápidas dos algoritmos ou pelas decisões de grandes fundos de investimento.

A capacidade de interpretar o contexto económico e filtrar a informação relevante é uma competência essencial para qualquer investidor — seja ele principiante ou profissional.

Horários e funcionamento da bolsa em Portugal

A bolsa de valores em Portugal, operada pela Euronext Lisboa, segue um conjunto de regras e horários padronizados que regem a negociação de ações e de outros ativos cotados. Conhecer o seu funcionamento é essencial para qualquer investidor que pretenda atuar com eficiência no mercado nacional.

A Euronext Lisboa está integrada na rede Euronext, pelo que segue os mesmos horários de funcionamento das restantes bolsas do grupo, ou seja das 8h00 às 16h30. Esta é a fase principal da sessão, onde as ordens são executadas em tempo real, com base na prioridade de preço e tempo.

 Os horários estão apresentados em hora de Lisboa (WET/WEST) e podem ser ajustados durante o ano, com base no horário de verão.

A bolsa está aberta de segunda a sexta-feira, exceto em feriados nacionais e datas específicas definidas anualmente pela Euronext. Nos fins de semana e feriados, não há negociação de ações.

A negociação é feita através de sistemas eletrónicos e plataformas de corretoras ou intermediários financeiros. Os investidores individuais têm acesso ao mercado através de:

  • Bancos com serviço de intermediação
  • Corretoras nacionais e internacionais;
  • Plataformas online com ligação à Euronext Lisboa.

Saiba mais ➡️Horário das Bolsas de Valores

Principais índices acionistas

Os índices acionistas são indicadores que representam o desempenho agregado de um conjunto de ações com características comuns — como setor, país, dimensão ou liquidez. Funcionam como termómetros do mercado, refletindo a evolução dos preços das ações que os compõem.

Para os investidores, os índices são ferramentas essenciais para:

  • Acompanhar o comportamento do mercado;
  • Comparar rentabilidades;
  • Investir de forma diversificada, através de fundos ou ETFs que os replicam.

PSI 20 e outros índices relevantes

O PSI 20 (atualmente designado apenas como PSI) é o índice de referência da bolsa portuguesa. É composto pelas ações das principais empresas cotadas na Euronext Lisboa, selecionadas com base em critérios de liquidez e capitalização bolsista.

Entre as empresas que integram atualmente o PSI encontram-se nomes como:

  • EDP e EDP Renováveis;
  • Galp;
  • Jerónimo Martins;
  • BCP;
  • NOS;
  • Sonae.

O PSI é frequentemente usado para avaliar a evolução da bolsa de valores em Portugal, sendo um dos principais indicadores seguidos por analistas, investidores e meios de comunicação financeira.

Além do PSI, existem outros índices acionistas relevantes para quem investe na Europa e a nível global:

  • Euro Stoxx 50 – reúne as 50 maiores empresas da zona euro (ex: L’Oréal, Siemens, Santander);
  • DAX 40 (Alemanha) – índice de referência da bolsa de Frankfurt, inclui gigantes industriais e tecnológicos;
  • CAC 40 (França) – principal índice da bolsa de Paris;
  • FTSE 100 (Reino Unido) – índice das 100 maiores empresas cotadas em Londres;
  • S&P 500 (EUA) – um dos mais seguidos a nível mundial, inclui 500 empresas norte-americanas.

Estes índices não só ajudam os investidores a acompanhar o mercado, como servem de base para produtos financeiros como ETFs, tornando possível investir em dezenas ou centenas de ações com apenas uma operação.

Como começar a investir no mercado de ações

Entrar no mercado de ações é hoje mais simples do que nunca. Com acesso facilitado a plataformas digitais e maior oferta de produtos e formação, qualquer investidor pode dar os primeiros passos com autonomia — desde que com informação adequada, gestão de risco e objetivos bem definidos.

Aqui ficam os dois primeiros passos fundamentais para iniciar a tua jornada no mundo da negociação de ações.

Abrir conta numa corretora

O primeiro passo para investir na bolsa é abrir conta numa corretora ou banco com serviço de intermediação financeira. A corretora é a ponte entre o investidor e o mercado — é através dela que se enviam ordens de compra e venda de ativos cotados, como ações, ETFs ou obrigações.

Em Portugal, as corretoras podem ser:

  • Bancos tradicionais com área de investimentos (ex.: CGD, BPI, Santander);
  • Corretoras nacionais independentes;
  • Plataformas internacionais com acesso à Euronext Lisboa e outros mercados europeus

Na escolha da corretora, importa analisar:

  • A plataforma de negociação (interface, funcionalidades, facilidade de uso);
  • A oferta de ativos e mercados (Euronext Lisboa, Xetra, NYSE, etc.);
  • A segurança e regulação (verificar se está autorizada pela CMVM, ou regulador semelhante, idealmente na Zona Euro);
  • A qualidade do serviço de apoio ao cliente.

Hoje em dia, é possível abrir e gerir a conta online, na maioria dos casos, com validação de identidade digital e poucos requisitos burocráticos.

Custos e comissões

Um aspeto essencial ao investir em ações é compreender os custos associados à operação. Estes custos podem variar significativamente entre corretoras, e têm impacto direto na rentabilidade dos investimentos, sobretudo em carteiras de pequena dimensão ou com operações frequentes.

Principais custos a considerar:

  • Comissão de corretagem – valor cobrado por cada ordem executada (compra ou venda);
  • Taxas de mercado – aplicadas pela bolsa (como a Euronext Lisboa) por transação;
  • Custos de custódia – encargos pela manutenção dos títulos na conta de valores;
  • Taxas de câmbio – aplicáveis quando se investe em ativos cotados noutra moeda (ex.: dólares, libras).

Exemplo prático: Comprar 1.000 € em ações portuguesas pode implicar uma comissão de 2 a 5 €, mais taxas de mercado e, eventualmente, custos mensais de custódia (entre 0 € e 5 €, dependendo da corretora).

Por isso, é fundamental comparar corretoras com base nos custos totais e escolher aquela que melhor se ajusta ao perfil e frequência de investimento.

Disclaimer:

RANKIA PORTUGAL: Este artigo tem caráter exclusivamente informativo e educacional. As informações aqui contidas não constituem aconselhamento financeiro, nem recomendação de compra ou venda de quaisquer instrumentos financeiros. A rentabilidade passada não garante retornos futuros. Antes de tomar decisões de investimento, recomenda-se a consulta de um profissional devidamente habilitado.

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Esta informação não constitui uma sugestão de investimento. Recomendamos que obtenha mais informações antes de tomar qualquer decisão.

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