Cold wallets: o que são e como funcionam
Se investes em Bitcoin e criptomoedas e queres saber como proteger melhor as tuas criptomoedas e evitar perdê-las ou que te as roubem, é bom saber sobre a cold wallet.
Neste artigo falamos sobre o que são as carteiras frias, consideradas mais seguras do mercado: veremos as suas características, as suas vantagens e desvantagens, e também quais são algumas das melhores do mercado.
O que são Cold Wallets (carteiras frias)?
Uma Cold Wallet é uma carteira que armazena de forma isolada à internet a “frase semente” ou chave de uma carteira de criptomoedas.
Esta característica faz com que este tipo de carteiras ofereça um nível de segurança superior às conhecidas como Hot Wallets ou carteiras de software, uma vez que estas últimas estão ligadas à internet (e, portanto, as suas chaves também), e podem ser mais suscetíveis a ataques devido a vulnerabilidades tecnológicas
Em essência, uma carteira fria de Bitcoin é a forma de maior segurança que existe para proteger o investimento em criptomoedas quando se procura evitar que hackers acedam e roubem as chaves dos seus carteiras acedendo remotamente e se apropriem das criptomoedas. Consequentemente, as carteiras de criptomoedas permitem armazenar as chaves privadas, permitindo manter as criptomoedas de uma forma muito segura e ao mesmo tempo acessível para o proprietário.
Este tipo de carteiras é capaz de fazer transações online. No entanto, a maioria das vezes estão offline e essa é uma das suas forças. De facto, costuma-se recomendar armazenamento em hardware ou frio pela sua capacidade de enviar e receber criptomoedas ao ligar o dispositivo habilitado para Internet e sob autorização, e uma vez finalizada a transação desconectá-lo de toda a rede.
Outra forma de as denominar é carteira de hardware ou carteira USB.
👉 Mais informações de interesse: Como investir em bitcoin de forma segura? | Guia passo a passo
Características das carteiras frias
Vamos agora ver as características diferentes das Cold Wallets ou carteiras frias:
- Armazenamento offline: Como já comentamos, a principal característica deste tipo de carteiras é que as suas chaves são armazenadas fora da Internet; isto reduz significativamente o risco de hacks ou ciberataques, o que as faz ser consideradas como a opção de armazenamento de criptomoedas mais segura.
- Backup físico: Ao contrário das restantes carteiras, as Cold Wallets vêm acompanhadas de, ou um dispositivo de hardware físico, ou um papel com a informação da carteira. No entanto, também requerem o uso de um software no dispositivo a partir do qual estas serão utilizadas (sempre se depende de um computador / tablet / telemóvel a partir do qual aceder à carteira).
- Compatibilidade com múltiplas criptomoedas: Hoje em dia, as Cold Wallets costumam permitir armazenar a grande maioria das criptomoedas e tokens.
- Backup e recuperação: Algumas Cold Wallets possuem métodos de backup ou recuperação da frase semente por parte da empresa criadora da carteira, para evitar a perda de fundos em caso de perda da senha e só se o utilizadora contratar o serviço; isto tem causado alvoroço nas redes sociais e críticas a certas empresas criadoras de Cold Wallets em mais de uma ocasião.
Como funcionam as Cold Wallet?
O funcionamento e passos para poder aceder à carteira, são os seguintes:
- Conectar o dispositivo a um computador.
- Entrar na aplicação para poder gerir as criptomoedas.
- Enviar ou receber criptomoedas, coisa que veremos mais adiante.
Por outro lado, também devemos saber das mesmas, o seguinte:
Estão desconectadas da rede
Esta é a característica sem dúvida mais singular e a preferida dos investidores em criptomoedas: as Cold Wallets não estão conectadas à Internet, o que minimiza as possibilidades de acessos não autorizados.
Tens uma frase semente
Isto é característico de todas as carteiras, mas devemos destacá-lo também: as Cold Wallets possuem uma frase semente (a qual se obtém sem acesso à Internet, ao contrário das Hot Wallets), a qual o proprietário da carteira deve conservar se não quiser perder o acesso à carteira e, consequentemente, às criptomoedas que possui dentro dela.
Tem uma chave privada
Além da frase semente, o proprietário da carteira poderá estabelecer uma chave privada no dispositivo a partir do qual se acede à carteira, para adicionar assim uma camada extra de segurança à carteira,
Por outro lado, essas carteiras frias funcionam com base na interface do fabricante, ou a partir de plataformas de carteiras de terceiros, como: MyEtherWallet, MetaMask ou Exodus.
👉 E da mesma forma, um nível talvez não tão seguro, mas muito mais manejável e intuitivo em relação às cold wallets, são as carteiras quentes. Se quiser saber mais sobre elas, apresento-as no seguinte artigo: Hot Wallet – O que é e como funciona?
Tipos de Cold Wallets
Vamos falar agora dos dois tipos de Cold Wallets existentes:
Cold wallets de hardware
As carteiras de hardware são dispositivos físicos que armazenam chaves privadas nesse dispositivo e sem conexão à Internet. O utilizador o terá que comprar o dispositivo; hoje em dia são muito acessíveis, mas recomenda-se obtê-los diretamente do site da empresa criadora para evitar possíveis intermediários que causem perigos de intervenção nestas (a menos que seja um especialista em Hardware e consiga criar por si mesmo um dispositivo, mas isso obviamente não é adequado para todos).
As três marcas de Hardware Wallets mais populares são:
- Ledger
- Trezor
- SafePal
De passagem, este é o tipo de cold wallet mais famoso que existe.
Cold wallets de papel
As “Paper Wallets” são carteiras impressas em papel, que contêm as chaves privadas e os endereços para gerir a recepção e envio de criptomoedas. Existem formas de gerar estas Paper Wallets sem conexão à internet, o que as torna muito seguras (os utilizadores, no entanto, devem preocupar-se em armazenar o papel muito bem e de forma totalmente inacessível a outras pessoas).
Top 3 Melhores cold wallets para armazenar bitcoins e criptomoedas
Na verdade, coloque as que quiser e explique-as um pouco, por exemplo:
Ledger
Ledger é, hoje em dia, a marca de criação de Hardware Wallets mais popular e com mais utilizadores do mundo. É também uma das carteiras que mais criptomoedas suporta, por isso costuma ser a escolhida por aqueles criptoinvestidores que procuram uma maior diversificação e que gostam de possuir uma grande variedade de criptomoedas diferentes.
Sem entrar em muitos detalhes, estes são os três tipos de Ledger existentes e as suas características em linhas gerais.
As diferenças entre o Ledger Nano X, Ledger Stax e Ledger Nano S Plus são principalmente em termos de design, capacidade de armazenamento, conectividade e características adicionais. A seguir, detalho as diferenças chave:
- Ledger Nano S Plus: É o mais simples dos Ledger existentes, por exemplo, só se conecta através de um cabo USB (não integra Bluetooth). Por outro lado, o seu ecrã é mais pequeno, mas suficiente para a operação básica. Com tudo, é o mais económico de todos os produtos da marca Ledger.
- Ledger Nano X: Pode armazenar até 100 aplicações de criptomoedas simultaneamente. E integra Bluetooth, o que permite o seu uso com dispositivos móveis sem necessidade de um cabo. Geralmente é mais caro que o Nano S Plus, mas em troca é mais confortável que o Nano S Plus, com um ecrã maior em comparação que facilita a navegação.
- Ledger Stax: O seu design mais moderno e elegante, e de facto, já conta com um ecrã táctil E Ink curvo, que oferece uma experiência de utilizador melhorada. Tal como o Nano X, inclui Bluetooth para conectividade sem fios. No entanto, é provável que seja mais caro que o Nano X e o Nano S Plus, dada a sua tecnologia avançada e design.
Trezor
Trezor foi a pioneira na geração de Hardware Wallets para criptomoedas; costuma ser a escolhida por aqueles utilizadores que procuram um dispositivo de código aberto com uma ampla gama de características técnicas.
BitAdress
BitAdress é o gerador de Paper Wallets mais utilizado do mundo. O seu funcionamento é muito simples:
- Descarregamos o ficheiro HTML com o código da página web para o computador.
- Desconectamos o computador da internet.
- E finalmente, abrimos o ficheiro para criar a carteira (igual que utilizando a página web mas sem conexão à internet), com a sua chave e a sua frase semente privada e obtidas sem conexão à internet.
Como enviar criptomoedas para uma cold wallet?
E agora que já sabemos o que são, como funcionam e quais são as melhores carteiras frias, é hora de explicar uma das funções mais importantes das mesmas: os passos para enviar criptomoedas desde uma corretora centralizada para uma Cold Wallet; para o exemplo, utilizaremos a corretora Bit2Me.
Passo 1: Acesso à Wallet da corretora
Acedemos à Wallet da corretora Bit2Me, onde temos as criptomoedas que desejamos enviar para a Cold Wallet:
Passo 2: Envio de criptomoedas para a Cold Wallet
Uma vez na tela anterior, devemos clicar no botão azul com uma seta para cima à direita onde diz “Enviar”; ao fazê-lo, veremos o seguinte:
Deveremos:
- Selecionar corretamente a rede de criptomoedas que utilizaremos para o envio (muito cuidado aqui; um erro neste passo fará com que percamos as nossas criptomoedas e não teremos acesso a elas nunca mais; devemos estar seguros da rede a utilizar sempre).
- Para saber que rede utilizar, apenas deveremos procurar a criptomoeda ou token no CoinMarketCap, tal como mostrado na imagem abaixo (quadro vermelho). Por exemplo, a rede do token B2M é Ethereum.
- Adicionar o endereço da nossa Cold Wallet.
- Adicionar o montante desejado da criptomoeda para enviar para a Cold Wallet.
👉 Para mais informações acerca desta corretora, a sua segurança, comissões, etc., recomendo que consulte a nossa análise sobre a mesma: Bit2Me opiniões
Passo 3: Verificação da receção de criptomoedas na Cold Wallet
Por último, e apenas como medida de verificação, visitaremos a nossa Cold Wallet simplesmente para confirmar que as criptomoedas que enviámos chegaram corretamente (não será necessário realizar nenhuma ação na nossa Cold Wallet); deveremos aceder a “All Assets” para visualizá-las (e instalar a app para ver a criptomoeda em concreto se ainda não o fizemos anteriormente).
Imagen de Ledger Live
Este seria o exemplo do visualizador de criptomoedas da marca de Cold Wallets “Ledger”, num dispositivo móvel.
Requisitos antes de adquirir uma carteira fria
Antes de mencionar algumas das melhores carteiras frias para guardar os Bitcoin ou criptomoedas, é saber os passos para comprar carteira fria como os seguintes:
- Nunca comprar Wallets usadas, têm que ser novas independentemente de serem vendidas por um amigo ou familiar
- Comprar a carteira fria em lojas oficiais de fabricantes que sejam reconhecidos e recomendados
- Ao comprar devem verificar que não tenham um firmware pré-instalado.
As carteiras frias estão disponíveis de várias formas, como ser carteiras de hardware, uma delas é a Ledger semelhante a uma memória USB, e aplicações móveis como a Coinbase Wallet.
💡 Quer saber mais sobre criptomoedas? Baixe o nosso guia de Investimento em criptomoedas e aprenda desde o básico até dicas de segurança e investimento. 📥 Clique aqui para baixar!
Vantagens das cold wallets em relação às hot wallets
Como temos vindo a comentar ao longo de todo o artigo, a segurança é a grande vantagem das Cold Wallets em relação às hot wallets (e também em relação a deixar as criptomoedas nas exchanges).
Se a informação da Cold Wallet for bem guardada e conservada, segundo o critério da maioria dos investidores, não existe nenhum outro método mais seguro para proteger criptomoedas do que uma Cold Wallet hoje em dia.
👉 De qualquer forma, deixo-te com o nosso artigo comparativo cold wallets vs hot wallets, para que tenhas toda a informação, e sejas tu quem possa tomar a melhor decisão financeira
Os perigos das carteiras frias: O que acontece se a perder ou for roubada?
Este é o grande perigo das Cold Wallets: devem ser bem conservadas e protegidas fisicamente, sem armazenar a sua informação na internet; em caso de perda, se outra pessoa encontrar os dados e a frase semente da carteira, poderá aceder à carteira e às suas criptomoedas.
E por outro lado, em caso de perder as chaves de acesso, ou frase semente, independentemente de ninguém as encontrar, as tuas criptomoedas, e consequentemente o teu dinheiro, seriam perdidos para sempre. Ou dito de outra forma, não existe um recuperar senha.
Para termos uma ideia, de acordo com um estudo da Chainalysis, publicado pelo Wall Street Journal, entre 17% e 23% dos bitcoins em todo o mundo estão perdidos na blockchain.
Vantagens e desvantagens das cold wallets em relação às carteiras centralizadas
Finalmente, vamos ver as vantagens e desvantagens de usar este sistema de máxima segurança para guardar as suas criptomoedas.
Vantagens
- ✅ Máxima segurança: como já mencionamos no artigo, não existe hoje uma forma mais segura de guardar criptomoedas do que em Cold Wallets (desde que as chaves de acesso às carteiras sejam bem guardadas).
- ✅ Controle de primeira mão sobre as suas criptomoedas: As carteiras privadas, que incluem, claro, as Cold Wallets, são a única forma de manter o controle absoluto sobre as suas criptomoedas. No caso das carteiras centralizadas, como existem outras pessoas “intermediárias” na equação, isso deixa de ser assim, o que pode ser perigoso.
- ✅ Leva-o a investir a longo prazo: Este, claro, é um ponto mais subjetivo, já que nada impede o proprietário de uma Cold Wallet de vender as suas criptomoedas a qualquer momento. No entanto, o fato de ter as criptomoedas “menos acessíveis” pode provocar preguiça ou desânimo na hora de movê-las ou operar com elas, o que leva a mantê-las na carteira por mais tempo.
Desvantagens
- ❌ Acesso menos imediato: Claramente, as Cold Wallets são menos acessíveis, para o bem e para o mal; requer um pouco mais de tempo e “incómodo” ao utilizador sempre que este queira aceder às suas criptomoedas.
- ❌ Dependência de terceiros: Delegar a custódia das suas criptomoedas a um terceiro sempre acarreta uma série de riscos que não existem se as criptomoedas forem guardadas em Cold Wallets: riscos de segurança, perda de controlo, possibilidade de cair em ações fraudulentas por parte desses terceiros, etc.
- ❌ Possibilidade de erro: Ao haver mais pessoas na gestão e custódia das criptomoedas, claro que aumenta a possibilidade de erro ou acidente humano, o que pode resultar numa perda ou roubo destas.
Em resumo, as cold wallets, permitem armazenar chaves privadas offline, oferecendo uma proteção superior contra hacks e ciberataques em comparação com as hot wallets, que estão conectadas à internet, e nem falamos dos exchanges centralizados.
FAQs
É uma ferramenta através da qual podem isolar as carteiras dentro de um dispositivo offline, ou seja, não está conectado à Internet para evitar o hacking. Desta forma, a carteira garante que não sofrerá um ataque de hackers, já que no mundo cripto se tornou algo comum.
Além disso, a carteira fria ao não ter conectividade à Internet, a informação permanecerá encriptada, o que impede que qualquer pessoa possa aceder. Outro aspecto do seu funcionamento é que, podem incluir uma fase de autenticação de dois fatores para aumentar a proteção. Além disso, permitem enviar, receber e até gastar criptomoedas sejam Bitcoin e Ether da rede Ethereum.
É sempre melhor comprá-la diretamente no site da empresa. Garantirás que não serás enganado.
Em caso de perder a carteira de hardware, poderão restaurar as criptomoedas na nova carteira ou wallet a partir da semente de recuperação.
Descubra como funciona a plataforma Bit2Me:
- Atendimento ao cliente: suporte disponível 24/7 em português e mais 8 idiomas.
- Segurança: registrada no Banco de Espanha, a Bit2Me assegura as criptomoedas em cold wallet, com seguro de 150 milhões de euros em colaboração com Ledger Enterprise.
- Ampla gama de serviços: com mais de 290 criptomoedas, oferece contas wallet e PRO, staking, API e cartões.